22 out, 2021 - 18:51 • Hugo Monteiro , Filipe d'Avillez
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Uma oportunidade para homenagear os mais idosos que morreram devido à Covid-19 e de prestar solidariedade aos familiares.
É desta forma que Ana Sofia Carvalho vê a Caminhada pela Vida que vai ter lugar, este sábado, em dez cidades em simultâneo.
Esta especialista em bioética, que já integrou o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, lembra que no ano passado a iniciativa não se realizou devido à pandemia. É por isso chegada a altura de lembrar os mais vulneráveis.
“Tivemos um vírus ‘idadista’, ou seja, um vírus que descrimina pela idade, e tivemos muita gente, especialmente idosos, a morrer em quantidades indiscritíveis. Na altura realmente não tivemos a oportunidade de manifestar a nossa solidariedade, portanto a minha intenção na Caminhada Pela Vida vai ser exatamente para nos lembrar que nesses momentos também temos de sair, de nos manifestar e proteger os mais vulneráveis”, diz Ana Sofia Carvalho.
Por isso, a especialista em ética pede a todos que participem nesta X edição da Caminhada pela Vida. “Quero pedir a todos, católicos e não católicos, todos os que têm no coração uma lógica personalista e humanista, que se juntem para que realmente manifestemos a nossa preocupação e deixemos de estar tão acomodados ao que aconteceu durante o Covid e ao que vai acontecer certamente após Covid, não só com os idosos mas também com todos os outros doentes crónicos, ou seja, com todas as pessoas não-Covid que estiveram desprotegidas durante o ano de 2020.”
Depois de um ano sem se realizar, por causa da Covid, a Caminhada espera reunir milhares de pessoas em Lisboa, Porto, Braga, Aveiro e Viseu, onde já se realizou no passado, e na Guarda, Funchal, Santarém, Évora e Coimbra, onde terá lugar pela primeira vez.