26 out, 2021 - 10:57 • Lusa
A circulação no Metropolitano de Lisboa retomou a normalidade cerca das 10h00 desta terça-feira, depois de uma greve parcial de trabalhadores que decorreu entre as 5h00 e as 9h30, disse à agência Lusa fonte da empresa.
A paralisação é um protesto contra o congelamento salarial e uma exigência pelo preenchimento imediato do quadro operacional e as progressões na carreira.
Em declarações nesta manhã à Lusa, Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), disse que a adesão à greve era elevada, encontrando-se as estações encerradas.
"Até esta hora [6h45], os trabalhadores que deviam ter entrado ao serviço não entraram. Não temos maquinistas, nem posto de comando central, o que significa que todas as estações estão fechadas. Não há circulação de comboios", disse Anabela Carvalheira.
Na origem da greve estão, segundo Anabela Carvalheira, várias questões que "vão além da matéria salarial", sublinhando a importância do "preenchimento imediato do quadro operacional e as progressões na carreira".
Anabela Carvalheira disse que há um aumento do descontentamento e os trabalhadores exigem não só um aumento salarial, mas também melhores condições de vida e de trabalho, de forma a promover a continuidade de um bom serviço público de transporte.
A paralisação parcial repete-se na quinta-feira, e(...)
"Nós temos aprovado pelos trabalhadores este período de lutas, mas não significa que não possamos até lá resolver esta questão, desde que haja vontade do Governo e do conselho de administração. Estamos disponíveis para em qualquer altura arranjar soluções", concluiu.
A greve ocorreu entre as 5h00 e as 9h30, para a generalidade dos trabalhadores, e das 9h30 às 12h30 para o setor administrativo e técnico, de acordo com o sindicato. A paralisação repete-se na quinta-feira.
Está também previsto mais um dia de greve parcial em 2 de novembro e uma greve de 24 horas em 4 de novembro.
O pré-aviso de greve foi entregue em 6 de outubro "devido à falta de respostas às questões colocadas, quer em reuniões com o ministro do Ambiente, quer com o presidente do Metropolitano de Lisboa", segundo a FECTRANS.
Os trabalhadores do metro realizaram greves parciais ao serviço em maio e junho tendo em conta as mesmas reivindicações apresentadas para a nova paralisação.
O Metropolitano de Lisboa opera com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião), das 6h30 às 1h00 todos os dias.