29 out, 2021 - 16:00 • Cristina Branco
É um dos sectores que não nos ocorre no imediato, mas que está também a sofrer consequências com a escalada do preço dos combustíveis. As flores estão mais caras e com menor qualidade, adiantou à Renascença, a vice-presidente da Associação de Floristas e Fornecedores Unidos de Portugal (FLORUNI).
"Acontece não só no comércio, mas também na produção, porque os produtores também estão com problemas na compra dos nutrientes necessários para produzir flores de boa qualidade. Os custos de transporte e de armazenamento dispararam", diz Adélia Brito.
A responsável explica também que os produtores estão a reduzir custos para enfrentar a forte subida dos preços dos combustíveis.
"Muitos produtores estão com dificuldade em dar às plantas todos os nutrientes necessários para que, quando são colhidas, tenham boa qualidade e durem algum tempo. E isso vai ser muito mau para o florista que enfrenta o público, porque está a vender um produto que é caro e não tem tanta qualidade nem durabilidade como tinha noutros anos em que não havia este tipo de constrangimentos."
As flores, como por exemplo as gerberas, "aquelas que as pessoas chamam de margaridas grandes, em vez de murcharem em 10 dias, murcham em cinco", exemplifica a presidente da FLORUNI.
Nestes dias em que se aproxima o feriado de Todos os Santos e o dia dos fiéis defuntos, quem for comprar flores vai sentir um aumento significativo nos preços, que já se sente, segundo a associação, há mais de um mês.