08 nov, 2021 - 11:47 • José Pedro Frazão , Cristina Nascimento
O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, desvaloriza a ausência do primeiro-ministro António Costa da Cimeira do Clima que decorre em Glasgow.
Em declarações à Renascença, o ministro garante que a ausência de Costa deve-se apenas à atual crise política.
“O senhor primeiro-ministro entendeu ser mais relevante ficar cá, é o entendimento dele e é absolutamente normal e acho que todos percebem”, disse.
Questionado sobre se esta ausência pode vir a comprometer o empenho de Portugal na luta contra as alterações climáticas, Matos Fernandes lembra a presença de Costa noutras Cimeiras do Clima.
“Já tive o gosto de estar com ele em várias COPs e numa delas um momento inesquecível que foi em Marraquexe. O senhor primeiro-ministro António Costa terá sempre um troféu: o de ter sido o primeiro-ministro do mundo que, em plena COP, disse o nosso país vai ser neutro em carbono em 2050”, sublinha.
Matos Fernandes fará o discurso em vez de António Costa, na quarta-feira de manhã, no segmento ministerial da COP 26.
Mais de 120 líderes políticos e milhares de especialistas, ativistas e decisores públicos reúnem-se em Glasgow, na COP26, para atualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030.
A COP26 ocorre cerca de seis anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do planeta entre 1,5ºC e 2ºC acima dos valores da época pré-industrial.
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