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"Todos os trabalhadores da Transtejo estão hoje em greve"

12 nov, 2021 - 06:40 • Lusa

É o quinto dia de protesto. Trabalhadores acusam a administração e o Governo de ignoraram as reivindicações e as soluções apresentadas.

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Os trabalhadores da Transtejo cumprem esta sexta-feira o quinto e último dia de greve parcial, de três horas por turno, por considerarem que as suas reivindicações têm sido ignoradas pela empresa e pelo Governo.

De acordo com a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), os trabalhadores "voltam à luta porque durante quase um ano a administração/Governo ignoraram as reivindicações dos trabalhadores e as soluções que lhes foram apresentadas".

Relativamente ao modelo da greve parcial, o sindicalista da FECTRANS Paulo Lopes explicou que o primeiro dia foi dirigido aos mestres, o segundo dia aos maquinistas, o terceiro dia ao pessoal comercial e administrativo, o quarto dia aos marinheiros e manutenção e no quinto e último dia, hoje, "todos os trabalhadores da Transtejo estão em greve".

As reivindicações dos trabalhadores são relativas a este ano, e "podem ser suportadas pelos orçamentos da empresa e do Estado", pelo que a situação entretanto criada pelo chumbo da proposta orçamental e marcação de eleições legislativas "não inviabiliza situações, basta haver vontade do Governo", referiu o sindicato.

A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CHTP) cumpre também uma greve geral, tendo o líder sindical Sebastião Santana, afirmado na quarta-feira, que os trabalhadores vão fazer "uma grande greve" em protesto contra a atualização salarial de 0,9% proposta pelo Governo.

"Uma coisa é certa: dia 12 será uma grande greve da Administração Pública", afirmou o dirigente sindical no final de uma ronda negocial com uma equipa do Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública, em Lisboa.

A Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP) tinha marcado uma greve igualmente para hoje contra a desvalorização dos salários e carreiras da administração pública, mas desmarcou-a na semana passada face ao cenário de dissolução da Assembleia da República, por entender que "a mobilização dos trabalhadores deve ser aproveitada para um momento mais adequado", nomeadamente para a discussão do futuro OE, caso não seja melhor do que aquele que foi chumbado.

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