18 nov, 2021 - 21:59 • Lusa
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, voltou a remeter para a investigação em curso quaisquer esclarecimentos sobre as condições em que aconteceu o atropelamento na autoestrada de um homem que ali se encontrava a trabalhar.
“Há algo que nunca me poderão apontar, que é violar a autonomia e a independência das autoridades judiciárias, a quem cabe a investigação”, disse Eduardo Cabrita, à margem da sessão de encerramento do 1.º Fórum Portugal Contra a Violência, que decorreu na reitoria da Universidade Nova de Lisboa, e no qual participou com a ministra da Justiça, Francisca van Dunem.
Questionado sobre perguntas ainda sem resposta cinco meses depois do acidente na A6, como a velocidade a que seguia o seu carro oficial no momento do atropelamento mortal, o ministro respondeu: “Essa pergunta não é a mim que me é dirigida”.
“Não é o absurdo do que dizem, esses absurdos que por aí são propalados, que são lamentáveis… A investigação está em curso, apurará as condições em que decorreu o acidente”, disse ainda Eduardo Cabrita.
O Presidente da República apelou a uma justiça com prazos e investigações mais céleres, a propósito do caso do acidente na A6 com o carro em que seguia o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.
Durante uma visita a uma feira de solidariedade, no Centro de Congressos de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pela comunicação social sobre os cinco meses que passaram desde este acidente, que provocou a morte de um trabalhador que realizava trabalhos de limpeza na berma da autoestrada.
Na resposta, o chefe de Estado considerou que o problema não é este caso "estar cinco meses em segredo de justiça", mas sim que "as investigações judiciais, muitas vezes, porque são muito longas, deixam nos portugueses a sensação de que a justiça é lenta, e que é pesada e é complexa", ressalvando que "isso é genérico".
Sobre o tema em destaque no fórum Portugal Contra a Violência, a violência doméstica, Eduardo Cabrita frisou que o investimento em esquadras da Polícia de Segurança Pública (PSP) e postos da Guarda Nacional Republicana (GNR), seja construção ou remodelação, nos últimos anos implicou sempre a inclusão de uma sala de apoio à vítima, havendo já uma sala com esta finalidade em 70% das instalações policiais no país.
Sublinhou ainda o recrutamento e formação de elementos das forças de segurança, com mais mil elementos a iniciar formação ainda este ano, que podendo ser afetos a múltiplas funções terão entre as suas preocupações a violência doméstica.