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Ministério Público fez 33 buscas para investigar comissões de 20 milhões em transferências

22 nov, 2021 - 15:51

Esta manhã, a SIC avançava que FC Porto era um dos alvos da investigação que envolveu 85 agentes.

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O Ministério Público confirma que foram cumpridos, no dia de hoje, 33 mandados de busca, principalmente no Porto e em Lisboa, abrangendo instalações de sociedades, incluindo uma SAD e uma instituição bancária, bem como diversas residências.

Na manhã desta segunda-feira, a SIC noticiou que estavam a decorrer buscas no Estádio do Futebol Clube do Porto. Entre outros dirigentes, as buscas envolvem o próprio presidente do clube, Jorge Nuno Pinto da Costa.

As diligências estão no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal cuja investigação se encontra a cargo da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e conta com a estreita colaboração da Polícia de Segurança Pública (PSP).

Em causa estão suspeitas de prática de crimes de fraude fiscal, burla, abuso de confiança e branqueamento, relacionados com transferências de jogadores de futebol e com circuitos financeiros que envolvem os intermediários nesses negócios.

Os factos a que a investigação se reporta ocorreram, pelo menos, desde 2017 até ao presente, com forte dimensão internacional e que envolvem operações de pagamento de comissões de mais de 20 milhões de euros.

Segundo a SIC, a operação está relacionada, em concreto, com suspeitas envolvendo os contratos de transmissão dos jogos do FC Porto, com a antiga Portugal Telecom. O negócio foi, na altura, intermediado pela empresa de Bruno Macedo, um dos principais arguidos na operação Cartão Vermelho.

A revista "Sábado" avança que também estão em causa negócios de transferências de jogadores e as buscas em curso incluem as casas de vários empresários ligados ao futebol, como Pedro Pinho e Alexandre Pinto da Costa, filho do presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa.

Na execução das buscas participaram 85 elementos da Inspeção Tributária da AT e da PSP, bem como magistrados do Ministério Público.

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