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Pandemia

Tomar. Vacinação Covid a "meio gás" porque idosos não leem SMS

23 nov, 2021 - 20:32 • Teresa Paula Costa

Mudança na forma da convocatória na origem da situação. Outros utentes aparecem fora da hora do agendamento. Distância mínima não é respeitada.

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Em Tomar, apenas metade dos utentes convocados estão a comparecer à vacinação. A revelação foi feita à Renascença pelo coordenador da estrutura.

Segundo o enfermeiro João Paulo “temos neste momento no agendamento central em média 500 pessoas marcadas por dia e nem metade aparece”.

O facto de a convocatória estar a ser apenas feita por SMS será a razão aparente. O enfermeiro explicou que “nas fases anteriores, estes grupos etários foram contactados telefonicamente”, e, nesta fase, as pessoas estão a receber SMS, o que pode estar na origem desta situação, já que “estes grupos etários não se sentem tão à vontade com os SMS.”

Por outro lado, aparecem muitos utentes fora do horário agendado e outros na modalidade 'Casa Aberta'.

Distância mínima não é cumprida

Tudo isto gera longas filas de espera e ajuntamentos de pessoas que não respeitam a distância mínima.

Emília Peixoto veio de Ferreira do Zêzere para levar a primeira dose da vacina, já que a realização de duas cirurgias a impediu de levar as doses anteriores na altura definida.

À Renascença lamentou ter visto “muitas pessoas” juntas, o que a surpreendeu pois “deviam ter mais distância umas das outras”.

Para a sexagenária, isso “será culpa das próprias pessoas, que querem sempre seguir em frente”. Por isso “devia haver ali mais uma pessoa a controlar a distância”.

A organização do Centro de Vacinação tenta controlar a situação. Segundo o enfermeiro João Paulo, “existem marcas na fila dentro do pavilhão e existem marcas no chão que estabelecem a distância mínima recomendada, mas, mesmo assim, as pessoas juntam-se” porque “as pessoas têm sempre muita pressa”.

Centro tem elevador mas nem todos o utilizam

No espaço, 11 pessoas, entre assistentes operacionais, enfermeiros e médicos asseguram o funcionamento do centro que, nas últimas semanas tem sido alvo de fortes críticas nas redes sociais devido à alegada falta de acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida.

Há inclusivamente relatos de quem viu um idoso a cair depois de ter subido as escadas.

Segundo o enfermeiro João Paulo “sempre houve um elevador e o segurança sempre deu a informação da existência do elevador, mas há muitas pessoas que preferem subir as escadas”.

O Centro de Vacinação foi instalado no pavilhão desportivo municipal e funciona das 09h00 às 16h00.

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