24 nov, 2021 - 13:00 • Cristina Branco , com Redação
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A Confederação das Associações de Pais (CONFAP) admite que a "posição de princípio" perante a vacinação das crianças entre os cinco e os 11 anos seguirá o parecer da Agência Europeia de Medicamentos (EMA).
Em declarações à Renascença, o presidente da CONFAP, Jorge Ascenção, confessa que "há bastante receio entre os pais".
"Naturalmente, esta é uma decisão individual e não me admira nada que muitos pais continuem com sérias dúvidas", diz.
Por isso, a CONFAP compromete-se a "procurar, junto dos especialistas", mais garantias de "que a decisão será a mais indicada".
Na terça-feira, a presidente da Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP)considerou que vacinar as crianças entre os 5 e os 11 anos contra a Covid-19 poderia ser importante para normalizar a vida académica dos alunos, reduzindo os confinamentos e situações de isolamento.
Sociedade Portuguesa de Pediatria
Presidente da Sociedade Portuguesa de Pediatria ga(...)
Contudo, adianta Inês Azevedo, há muitos fatores a levar em consideração na hora de tomar a decisão, um dos quais a adequação à realidade portuguesa.
“Os estudos científicos indicam que a transmissão parece ser baixa em idades mais jovens, mas não conhecemos os dados nacionais e será necessário ter acesso a esses dados para perceber a importância de vacinar crianças neste grupo etário”, defende a SPP.
A Sociedade Portuguesa de Pediatria sublinha ainda que, “como muitos adultos agora estão protegidos pela vacinação, é natural que a proporção de novos testes positivos encontrados em crianças seja maior do que antes”, especialmente com a "testagem intensiva das crianças" a frequentar as escolas.
Da parte do Governo, tendo em conta as declarações dos partidos que na terça-feira se reuniram com o primeiro-ministro para falar sobre as medidas a tomar para conter a quinta vaga da pandemia, não haverá vontade, para já, de avançar com a vacinação dos menores de 12 anos. A prioridade é agora o reforço da vacina nos grupos mais vulneráveis.
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