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"Justiça está a ser esquecida nas medidas contra a Covid-19", lamenta Ordem dos Advogados

29 nov, 2021 - 23:00 • João Malheiro

Apesar da falta de contactos do Governo, o Bastonário da Ordem dos Advogados aponta que os tribunais são "considerados lugares inseguros para o coronavírus" e, por isso, pede que haja medidas dirigidas para estes espaços.

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O Bastonário da Ordem dos Advogados diz que "a Justiça está a ser esquecida nas novas medidas contra Covid-19" e que tem havido silêncio do Ministério da Justiça.

"Basta ver que quer na Resolução de Conselho de Ministros, quer no decreto-lei, entretanto publicado, não há uma única medida para o setor da Justiça", critica Luis Menezes Leitão, ouvido pela Renascença.

"Infelizmente, o Ministério da Justiça só se preocupou, desde o início, em ouvir os conselhos superiores das magistraturas. Só se preocupou com os magistrados, não se preocupou minimamente com todos os outros que trabalham nos tribunais", acrescenta.

Apesar da falta de contactos do Governo, o Bastonário da Ordem dos Advogados aponta que os tribunais são "considerados lugares inseguros para o coronavírus" e, por isso, pede que haja medidas dirigidas para estes espaços.

"Propomos um retomar das escalas, através das chamadas telefónicas, como estava a ser feito até abril de 2021. Neste momento, os advogados não estão em segurança.", sugere.

Para além disso, Luis Menezes Leitão pede que os tribunais prolongem as férias judiciais até ao fim da semana de contenção, decretada pelo Governo, entre 2 e 9 de janeiro.

"Precisamente, é quando se espera o pior ponto da pandemia e é problemático para quem tem crianças que não vão ter aulas durante esses dias", explica.

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