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Covid-19

​Vacinação Casa Aberta suspensa durante três horas no megacentro de Lisboa

06 dez, 2021 - 18:35 • Teresa Almeida , com Lusa

Entre as 15h00 e as 17h50, apenas as pessoas com agendamento foram inoculadas devido a uma grande afluência ao pavilhão da FIL, no Parque das Nações.

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A modalidade Casa Aberta de vacinação para a Covid-19 foi suspensa esta segunda-feira, em Lisboa, depois de uma enchente de pessoas no megacentro de vacinação da FIL, no Parque das Nações.

Milhares de pessoas deslocaram-se esta segunda-feira ao megacentro de vacinação da capital, provocando longas filas e impossibilitando as autoridades de conseguir dar vazão aos agendamentos e Casa Aberta.

A modalidade Casa Aberta esteve suspensa, entre as 15h00 e as 17h50, adianta o vereador da Proteção Civil na Câmara de Lisboa.

“Logo a seguir à hora de almoço houve uma afluência muito grande da modalidade Casa Aberta, o que fez com que, a pedido dos serviços de saúde, tenha sido suspensa a partir das 15h00, porque apareceram muitas pessoas”, afirmou à agência Lusa o vereador Ângelo Pereira.

A decisão foi tomada para não prejudicar as marcações existentes para a vacinação contra a covid-19, segundo a mesma fonte da autarquia.

A suspensão dessa modalidade durou cerca de três horas, com o serviço a retomar “pelas 17h50”, no pavilhão 4 da FIL, no Parque das Nações, onde está instalado o novo centro de vacinação de Lisboa, que abriu portas há menos de uma semana e que funciona todos os dias, das 9h00 às 19h00, incluindo fins de semana e feriados.

Relativamente ao impacto para os utentes, Ângelo Pereira indicou que há a possibilidade de ir ao centro de vacinação da Ajuda, que também funciona todos os dias das 9h00 às 19h00, ou de voltar ao centro da FIL noutro dia.

“O objetivo é cumprir, em termos de horários, as marcações, portanto não podemos deixar que a ‘casa aberta’ prejudique isso, mas nós seguimos as orientações das instituições da saúde que têm responsabilidade dos agendamentos”, reiterou o autarca de Lisboa relativamente ao funcionamento do centro de vacinação no pavilhão 4 da FIL.

O vereador da Proteção Civil explicou que “durante a manhã tudo correu dentro do previsto, todas as marcações correram bem, dentro do tempo e foi possível existir ao mesmo tempo a ‘casa aberta’”, ressalvando que a Câmara de Lisboa dá apoio logístico no processo de vacinação, mas a questão do agendamento é da competência dos serviços de saúde.

“Aproveito para fazer um apelo para que as pessoas apareçam nos centros de vacinação à hora marcada, não apareçam com horas de antecedência, portanto confiem no sistema, porque não tem tido atrasos. É importante para não gerar filas as pessoas chegarem à hora que está marcada”, avisou o social-democrata Ângelo Pereira.

Em resposta à Lusa, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) confirmou a suspensão da modalidade ‘casa aberta’ no centro de vacinação da FIL, situação que ocorreu por existir “um elevado número de pessoas com agendamento”.

“A suspensão da modalidade ‘casa aberta’ que ocorreu hoje no período da tarde nada teve que ver com falta de vacinas”, assegurou a ARSLVT, reiterando o apelo para que as pessoas cumpram com os horários de agendamentos, porque há quem continue a chegar com horas de antecedência, o que dificulta a logística e organização do processo de vacinação.

Relativamente ao balanço do funcionamento do centro de vacinação da FIL, que entrou em funcionamento no dia 01 de dezembro, o vereador da Proteção Civil apontou: “está a fluir, está a correr muito bem, temos tido muito ‘feedback’, temos tido nas redes sociais elogios, temos tido registos escritos no local de elogios, que as coisas têm corrido muito bem”.

Neste momento, o concelho de Lisboa dispõe de dois centros de vacinação, um na Ajuda e o novo na FIL. Para facilitar a deslocação aos centros de vacinação, a Câmara de Lisboa assegura o transporte em táxi para os utentes que vivem na capital, apoio que é totalmente gratuito e que pode ser solicitado através do telefone 21 817 2021.

Há cerca de uma semana, a Câmara de Lisboa encerrou três centros de vacinação, designadamente Picadeiro (Príncipe Real), Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa (Areeiro) e Pavilhão 3 do Estádio Universitário de Lisboa, porque estes espaços que o município dispunha para a vacinação “não podiam continuar” a ser cedidos pelas entidades proprietárias, justificou o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), defendendo que a abertura do novo centro no pavilhão 4 da FIL vai permitir duplicar a capacidade de vacinação na cidade.

“Tínhamos quatro centros a funcionar, com uma capacidade para 3.000 utentes por dia. Neste momento, vamos ter seis mil utentes aqui, mais 1.000 na Ajuda, portanto a capacidade é completamente diferente”, frisou Carlos Moedas, no âmbito de uma visita ao centro de vacinação da FIL, no dia antes da sua abertura.

[notícia atualizada às 19h43]

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