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Estudo

Natal mais sustentável é possível, mas não é prioridade, dizem portugueses

09 dez, 2021 - 17:59 • Ana Carrilho

São os mais jovens que se preocupam mais em adotar comportamentos sustentáveis.

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Os portugueses acreditam que o Natal pode ser mais sustentável, mas não fazem disso uma prioridade.

Ao todo, 79% dos 600 portugueses inquiridos no estudo Observador Cetelem Natal 2021 consideram que é possível ser sustentável na época de Natal. No entanto, os que confessam que a sustentabilidade fica em segundo plano são 82%. Aliás, nove em cada dez inquiridos consideram que o Natal é um período de “consumo excessivo”.

Ainda assim, três quartos admitem adotar algumas práticas de contenção do desperdício, reciclagem e reutilização e 44% diz que vai reutilizar os enfeites de Natal e um terço, a árvore artificial. Um quarto vai reutilizar os sacos para as compras, pouco mais do que aqueles que se propõem comprar apenas o essencial e 21% vai reutilizar os papéis de embrulho e laços.

São os mais jovens – entre os 18 e os 25 anos – que se preocupam mais em adotar comportamentos sustentáveis (60% dos inquiridos nesta faixa etária). No outro extremo estão os mais velhos – entre os 65 e os 74 anos.

Comprar português e apoiar o comércio local também não se revela uma prioridade para os portugueses que participaram no estudo, apesar dos inúmeros apelos feitos por diversas entidades públicas e privadas. Só 31% dizem que vão comprar produtos e presentes feitos em Portugal, pouco mais do que os 25% que assumem que não vão apoiar o comércio local e a produção nacional.

Entre os que optam pelos produtos nacionais, quase um quinto pretende fazê-lo nas lojas do seu bairro ou perto de casa e 15% querem comprar a produtores locais. Mais uma vez, são os mais novos e, especialmente da zona Centro do país, que assumem esta opção e se mostram até disponíveis para gastar mais do que o ano passado.

O inquérito quis também conhecer a disponibilidade para a adesão dos portugueses a iniciativas solidárias na época natalícia. Um terço admitiu que o faz e entre estes, especialmente, os da faixa etária entre os 35 e os 44 anos. Compra de postais da UNICEF ou aquisição de produtos em que parte do valor de venda reverte para instituições são alguns exemplos.

No estudo do Observador Cetelem Natal 2021 participaram 600 pessoas de ambos os sexos, entre os 18 e os 74 anos, residentes em Portugal Continental, através de entrevistas telefónicas assistidas por computador. O inquérito, feito com um questionário de perguntas fechadas, decorreu entre 20 e 29 de outubro.

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