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Covid-19

Parecer revelado. Peritos defendem benefício da vacina (também) para a saúde mental das crianças

10 dez, 2021 - 17:51 • Ricardo Vieira

A análise dos riscos/benefícios leva a Comissão Técnica a defender vacinação contra a Covid-19 das crianças entre os 5 e os 11 anos. No parecer divulgado pela DGS, pediatras defenderam prioridade para crianças com riscos de saúde. Vacinação arranca a 18 de dezembro.

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A vacina para a Covid-19 também é importante para a saúde mental das crianças, destaca o parecer da Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19 (CTVC), divulgado esta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde (consulte aqui o parecer em PDF).

Os peritos elencam no documento vários benefícios e riscos conhecidos da vacinação de crianças entre os 5 e os 11 anos de idade, que começa no fim de semana de 18 e 19 de dezembro.

Além da “redução significativa da probabilidade de a criança ser infetada pelo vírus” da Covid-19, o parecer da Comissão Técnica assinala os benefícios para a saúde mental.

“Esse benefício é ainda mais claro se atendermos aos efeitos benéficos para a saúde mental da criança decorrentes de ser vacinada, uma vez que, se não for infetada, não sofrerá os efeitos negativos associados a uma ou várias situações de confinamento. Os sintomas associados à doença e à não frequência da escola refletem-se no aproveitamento escolar da criança que sofre de Covid-19 e na sua saúde mental”, pode ler-se no documento.

Entre os benefícios da vacinação de crianças estão também:

- Menor probabilidade de risco de internamento hospitalar e, em consequência, de internamento em cuidados intensivos e de morte;

- Menor probabilidade de risco de internamento hospitalar e, em consequência, de internamento em cuidados intensivos e de morte;

- Redução da probabilidade de transmitir o vírus a terceiros, entre outros motivos, por redução do número de infeções.

Quanto aos efeitos prejudiciais, a Comissão Técnica de Vacinação conclui da leitura dos documentos científicos disponibilizados que:

- Estão descritos casos de pericardite e de miocardite em crianças vacinadas, apesar de na generalidade dos casos relatados, até à data, a doença se ter manifestado de forma benigna e com progressão favorável;

- Os efeitos secundários associados à toma da vacina nesta faixa etária (vermelhidão, cansaço, dor de cabeça…) são semelhantes aos que ocorrem na toma da mesma vacina noutros grupos etários;

- Ignora-se qual seja o período exato em que a vacina assegura proteção acrescida contra a doença.

“A análise comparativa dos aludidos riscos/benefícios leva-nos a concluir que, se atendermos aos dados científicos neste momento disponíveis é benéfico, no plano sanitário, para a criança incluída no grupo etário dos 5 aos 11 anos, ser vacinada contra a Covid-19”, defende a Comissão Técnica de Vacinação.

Pediatras dão prioridade a crianças com comorbilidades

A CTVC pediu também um parecer técnico a um grupo de especialistas em Pediatria e Saúde Infantil, que considera que “deve ser dada prioridade à vacinação dos adultos e dos grupos de risco, incluindo as crianças dos 5 aos 11 anos”.

“Poderá ser prudente aguardar por mais evidência científica antes de ser tomada uma decisão final de vacinação universal deste grupo etário”, defende o grupo de pediatras.

“No entanto, consideramos que este grupo de trabalho é constituído por elementos com experiência para avaliar os benefícios e os riscos da vacinação para a saúde da criança e considerações detalhadas sobre impactos educacionais, sociais e económicos mais amplos deverão ser procuradas junto de outros peritos”, sublinham.

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