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Covid-19

Vacinação 5-11. Parecer da DGS deve estar ao dispor dos profissionais para apoiar decisão

10 dez, 2021 - 01:27 • André Rodrigues

Presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida diz-se favorável à divulgação integral do parecer da Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19 sobre a imunização das crianças entre os 5 e os 11 anos. Por outro lado, Maria do Céu Patrão Neves considera inaceitável que a vacinação das crianças possa ser usada para proteger os adultos.

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Entrevista a Maria do Céu Patrão Neves
Entrevista a Maria do Céu Patrão Neves

A presidente do Conselho de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) mostra-se favorável à divulgação integral do conteúdo do parecer que fundamenta a decisão da Direção-Geral da Saúde de recomendar a vacinação das crianças entre os 5 e os 11 anos.

Em declarações à Renascença, Maria do Céu Patrão Neves diz que está em causa a confiança da população nas decisões da autoridade de saúde.

“É um benefício para a Direção-Geral da Saúde e para todos os cidadãos que a base fundamental destes pareceres seja divulgada, porque os especialistas, os pediatras precisam dessa informação para aconselhar os casos particulares para vacinação ou não vacinação”, sublinha a presidente do CNECV que, por outro lado, diz não aceitar que a vacinação das crianças seja usada para proteger os adultos.

Maria do Céu Patrão Neves defende que a decisão de imunizar a faixa etária dos 5 aos 11 anos só faz sentido na perspetiva de assegurar a normalidade da vida dos mais novos, evitando surtos em escolas e, no limite, situações de confinamento, tal como as que ocorreram no passado.

“A questão da vacinação ou não tem de ser sempre em função do interesse da criança, porque nós sabemos que, apesar de as crianças não terem manifestações graves da doença, na sua esmagadora maioria, o facto de contraírem a doença pode retirá-las da escola, fecha turmas, pode - num cenário que não estamos neste momento a prever, mas que já aconteceu em Portugal - levar ao confinamento e, aí, há prejuízos graves para o desenvolvimento harmonioso da criança”, concluí a presidente do CNECV.

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