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Portugal recebeu 764 refugiados do Afeganistão desde início da crise humanitária

13 dez, 2021 - 20:23 • Lusa

O Governo português refere que, desde o início desta crise humanitária, "se tem demonstrado fortemente empenhado em acolher cidadãos afegãos em situações de particular fragilidade e risco, dentro dos limites da capacidade nacional".

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Portugal recebeu até esta segunda-feira 764 refugiados oriundos do Afeganistão desde a crise de emergência humanitária naquele país, em agosto, segundo dados do Governo português.

Um comunicado conjunto dos gabinetes dos ministros de Estado e dos Negócios Estrangeiros, de Estado e da Presidência, da Defesa Nacional e da Administração Interna refere que Portugal recebeu hoje um grupo de 273 pessoas de nacionalidade afegã, entre as quais membros do Instituto Nacional de Música do Afeganistão, elevando para 764 o total de cidadãos recebidos na sequência da emergência humanitária no Afeganistão.

O Governo português refere que, desde o início desta crise humanitária, "se tem demonstrado fortemente empenhado em acolher cidadãos afegãos em situações de particular fragilidade e risco, dentro dos limites da capacidade nacional".

De acordo com o executivo, os cidadãos acolhidos correspondem às prioridades definidas, designadamente cidadãos portugueses, afegãos que colaboraram com as forças nacionais destacadas, afegãos que colaboraram com a União Europeia, com a NATO e com as Nações Unidas e pessoas em situação particularmente vulnerável como ativistas de direitos humanos, funcionários da administração afegã, jornalistas, músicos, mulheres desportistas, juristas e engenheiras.

O comunicado refere ainda que a chegada deste grupo resulta de uma operação conjunta que envolveu as autoridades portuguesas e do Qatar, assim como organizações norte-americanas, tendo os 273 cidadãos sido acolhidos provisoriamente em unidades de acolhimento da Grande Lisboa, devendo ser transferidos, posteriormente, para habitações autónomas. .

O conflito e a insegurança no Afeganistão forçaram a saída de 3,5 milhões de pessoas, 700.000 delas no ano passado, num processo agravado pela tomada de poder pelos talibãs, em agosto deste ano.

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