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Alentejo

Autotestes “racionados”. Farmácias não conseguem responder aos pedidos

14 dez, 2021 - 17:42 • Rosário Silva

A escassez de autotestes preocupa as farmácias, tanto mais que se aproxima o Natal, festividade que reúne familiares e amigos de várias proveniências e idades.

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Na farmácia Alandroalense, os autotestes estão a ser “racionados”. De acordo com Dulce Gonçalves, contactada pela Renascença, a procura tem sido elevada.

“Estamos com muita dificuldade em encontrar autotestes, ainda temos alguns, muito poucos, e são racionados”, refere a diretora técnica desta farmácia do concelho de Alandroal, no distrito de Évora.

A Alandroalense é uma das 23 que, neste distrito, aderiu também aos testes comparticipados. Como não há autotestes suficientes, o teste de antigénio gratuito tem sido a alternativa, apesar de registar igualmente uma grande procura.

“Temos feito tudo o que podemos para conseguir autotestes, mas não há suficientes”, declara Dulce Gonçalves, sabendo que a proximidade do Natal, com as reuniões familiares, “onde se juntam várias gerações”, vai fazer disparar, mais ainda, a procura.

A escassez de autotestes não é exclusiva desta farmácia. A cerca de 70 quilómetros, em Arraiolos, a farmácia que pertence à Santa Casa da Misericórdia debate-se com o mesmo problema.

“Ligamos para os laboratórios e fornecedores e a resposta é sempre a mesma”, alude Cecília Conceição. “Além dos poucos que temos”, a responsável por este estabelecimento de cuidados de saúde acrescenta que “são muito caros”.

Um único teste, que já custou numa farmácia pouco mais de um euro, tem agora o preço de “5,50 euros”.

A Renascença percorreu mais 60 quilómetros, até à vila de Borba, para visitar a farmácia Central onde não se vendem autotestes, mas por causa da elevada procura, o responsável acabou por fazer vários.

“Sim, recentemente procurei, mas dizem-me que foram, este é o termo correto, rateados”, diz-nos Miguel Ribeiro que, garante, “todos os dias recebemos chamadas e não conseguimos satisfazer os nossos clientes”.

A farmácia Central, que “pratica um preço social nos testes desde há quase dois anos”, é uma das 23 que no distrito de Évora, aderiu à testagem comparticipada.

Segundo o site do Infarmed, consultado esta terça-feira, há agora 896 farmácias e 438 laboratórios, em todo o país, que realizam testes rápidos de antigénio de uso profissional abrangidos pelo regime excecional e temporário de comparticipação.

Para além da falta de autotestes, situação generalizada a muitas zonas do país, o Alentejo mantém-se como a região onde há menos farmácias aderentes. No conjunto dos três distritos – Portalegre, Évora e Beja – existem apenas 47, neste universo de quase 900.

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