15 dez, 2021 - 09:00 • Sofia Freitas Moreira
A revisão de preços deste subsistema de saúde dos funcionários públicos entra em vigor a 1 de janeiro de 2022, após a última tabela, de setembro, ter ficado marcada por conflitos com alguns grupos privados de saúde.
Segundo o Jornal de Negócios, as alterações abrangem cerca de uma centena de procedimentos de cirurgia, ginecologia, enfermagem e exames radiológicos.
A revisão vai implicar um aumento de 20% a 35% dos custos para os beneficiários e para o subsistema com partos, incluindo cesarianas, que sobem de 239 euros para 286,2 euros (20%).
O valor a pagar pelo utente por um parto normal sobe em 35%, para 187,2 euros, e, no caso dos partos que precisam de outro tipo de intervenção (distócicos), sobem em 23%, para 207,2 euros.
O valor pago pela ADSE também sobe para 2.575,8 euros (20%), fazendo com que os prestadores privados da generalidade do país (exceto no Algarve) passem a receber mais 472 euros por cada cesariana.
A atual tabela vigora desde 1 de setembro, mas ficou marcada desde o início por novos conflitos com alguns grupos privados de saúde, como a CUF ou a Luz Saúde, que disseram que deixariam de prestar certos serviços ou atos clínicos através da convenção.
De acordo com uma nota publicada no site da ADSE, “as alterações, que determinam uma revisão em alta dos preços dos atos comparticipados, incidem sobretudo nas tabelas de cirurgia e medicina, onde estão incluídos alguns meios de diagnóstico e terapêutica, atos de ginecologia, obstetrícia (partos), urologia, anatomia patológica e certas situações de exames radiológicos e enfermagem”.
Nas alterações constam ainda revisões a alguns preços de cirurgia (incluindo algumas mamoplastias e biópsias, revistas ou acrescentadas), enfermagem (com aumentos de 50% em atos simples como trocas de pensos ou injeções), ginecologia.