17 dez, 2021 - 19:45 • Redação
A Ómicron pode tornar-se a variante dominante da Covid-19 "durante a próxima semana", segundo o relatório de Monitorização das Linhas Vermelhas, divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), esta sexta-feira.
O relatório indica que a nova variante tem uma prevalência de 21%, mas pode ultrapassar os 50% na próxima semana.
A DGS alerta ainda para a "intensidade elevada, com tendência crescente a nível nacional" da situação pandémica. A pressão nos serviços de saúde e o impacto na mortalidade são também "elevados e com tendência crescente".
O número de doentes de Covid-19 em cuidados intensivos corresponde, agora, a 62% do limiar crítico de 255 camas, com o Centro a ultrapassar os 100% do nível de alerta.
Este valor de 62% para Portugal continental representa um aumento face à semana anterior, altura em que se fixava nos 56%.
"Observou-se um número crescente de doentes internados em unidades de cuidados intensivos", com a região Centro a apresentar maior ocupação, seguida do Norte e do Algarve, adianta o relatório.
Na quarta-feira, o Centro apresentava uma ocupação em cuidados intensivos de 103% (35 doentes) do nível de alerta, o Norte de 76% (57), o Algarve de 74% (17), Lisboa e Vale do Tejo de 43% (44) e o Alentejo de 25% (cinco).
O nível de alerta definido corresponde a 75% do número de camas disponíveis para doentes de Covid-19 em medicina intensiva para Portugal continental.
A gestão da capacidade do Serviço Nacional de Saúde pressupõe uma resposta em rede que, no caso da medicina intensiva, significa que as necessidades regionais podem ser supridas com respostas de outras regiões com maior capacidade, refere o documento.
No que se refere à mortalidade por Covid-19, a análise de risco da pandemia avança que, na quarta-feira, atingiu os 23,6 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes, o que corresponde a um aumento de 8% relativamente à semana anterior e uma tendência crescente.
"Este valor é superior ao limiar de 20 óbitos em 14 dias um milhão de habitantes definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC), indicando um impacto elevado da epidemia na mortalidade", alerta o relatório.