21 dez, 2021 - 13:33 • Ricardo Vieira
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A variante Ómicron já representa quase 50% dos novos casos de Covid-19, avança o relatório sobre diversidade genética divulgado esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).
As infeções pela "variante de preocupação Ómicron" registaram valores baixos "no final de novembro/início de dezembro", altura em que a variante Delta dominava, mas sofreram um "aumento abrupto de circulação estimado para os dias seguintes".
Amostragens aleatórias semanais de âmbito nacional sujeitas a sequenciação do genoma viral, "têm permitido identificar, desde o dia 6 de dezembro, um crescimento exponencial na proporção de casos prováveis, tendo atingido uma proporção estimada de 46,9% no dia 20 de dezembro”, indica o INSA, em comunicado.
"Os dados obtidos desde o dia 15 de dezembro consolidam a perspetiva de que a variante Ómicron será dominante (>50%) em Portugal na presente semana (20 a 26 de dezembro), em paralelismo com o cenário observado em outros países como, por exemplo, a Dinamarca e o Reino Unido", acrescenta o Instituto Ricardo Jorge.
A covid-19 provocou mais de 5,35 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.796 pessoas e foram contabilizados 1.227.854 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
A nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.