28 dez, 2021 - 14:03 • Lusa
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Nas últimas 24 horas, os Açores registaram 189 novos casos de Covid-19, o maior número diário desde o início da pandemia, a par de 69 recuperações e 15 internamentos. Os números foram revelados nesta terça-feira pela Autoridade Regional de Saúde.
Este valor "constitui o recorde de casos registados até hoje no arquipélago, sendo o anterior máximo de 132, registado a 11 de janeiro do ano corrente", refere a mesma fonte.
A 11 de janeiro de 2021, o número de casos positivos resultou de 1.080 análises, havendo, na altura, 24 doentes internados nos hospitais da região, acrescentou aquela entidade.
Dos 189 casos registados nas últimas 24 horas e divulgados no boletim de hoje, 118 são em São Miguel, 36 na Terceira, 33 no Faial, um no Pico e um em Santa Maria.
Os novos diagnósticos resultaram de 1.355 testes.
Em São Miguel, por concelhos, foram registados 84 casos em Ponta Delgada, 17 na Ribeira Grande, 10 na Lagoa, seis em Vila Franca do Campo e um no Nordeste.
A Terceira regista 22 casos no concelho de Angra do Heroísmo e 14 no concelho da Praia da Vitória, enquanto o Faial regista 33 casos correspondentes ao concelho da Horta. .
A ilha de Santa Maria tem um novo caso no concelho de Vila do Porto e, no Pico, há um novo caso nas Lajes.
Estão internados 15 doentes, todos no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada.
Quatro dos doentes estão na Unidade de Cuidados Intensivos.
Nas últimas 24 horas, recuperaram da doença 69 pessoas.
A região soma 918 casos ativos, sendo 635 em São Miguel, 148 na Terceira, 47 no Faial, 35 em Santa Maria, 26 no Pico, 22 na Graciosa e cinco nas Flores.
De 31 de dezembro de 2020 até 22 de dezembro de 2021, 198.828 pessoas completaram a vacinação primária (84%) e 34.528 receberam já o reforço da vacina, referiu nesta terça-feira a Autoridade Regional de Saúde.
As nove ilhas dos Açores vão passar à situação de contingência devido à Covid-19 a partir de quarta-feira, passando a ser obrigatório a apresentação de um teste negativo para aceder a eventos, revelou o secretário da Saúde nesta terça-feira.
Em declarações à agência Lusa, Clélio Meneses avançou que a decisão de colocar todas as ilhas em situação de contingência (que vigorava apenas em São Miguel desde dia 23) foi tomada pelo Conselho de Governo, que se reuniu na segunda-feira.
"As medidas que se aplicam em São Miguel vão aplicar-se em todas as ilhas dos Açores. Têm a ver, fundamentalmente, com a obrigatoriedade da realização de teste à Covid-19 [e apresentação de resultado negativo] para aceder a todos os eventos desportivos, culturais, sociais e festejos", declarou.
Clélio Meneses realçou que, "independentemente de as pessoas terem certificado de vacinação válido, têm de ter um teste PCR realizado nas últimas 72 horas ou teste um rápido nas últimas 24 horas" para aceder a eventos.
A ilha de São Miguel está desde 23 de dezembro em situação de contingência devido à pandemia na região.
As restantes oito ilhas (Corvo, Flores, Graciosa, Terceira, Faial, Pico, São Jorge e Santa Maria), que até aqui estavam em situação de alerta, vão passar para situação de contingência a partir das 00h00 de quarta-feira.
Além da apresentação de um teste negativo para aceder a eventos, na situação de contingência a presença de público está limitada até três quartos da lotação do espaço onde a iniciativa se realiza.
São ainda encerrados as creches, os jardins-de-infância e os centros de atividades ocupacionais e proibidas as celebrações de final do ano, os ajuntamentos e o consumo de álcool na via pública.
Questionado sobre a existência de saldos e da limitação de pessoas nas lojas, Clélio Meneses realçou que nos Açores devem ser cumpridas as normais nacionais, que proíbem os saldos em lojas físicas até 9 de janeiro.
Por outro lado, nos espaços comerciais a lotação dos espaços é limitada a uma pessoa por cada cinco metros quadrados.
O secretário regional reconheceu que o executivo açoriano "não conhecia a natureza jurídica" das medidas aquando do anúncio do Governo da República, explicando que, estando em causa um decreto-lei nacional, é aplicável a todo o território nacional.
"Sendo um decreto-lei nacional, e aplicando-se em todo o território, também se aplica nos Açores", afirmou.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
A covid-19 provocou mais de 5,40 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse (AFP).
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 na China e atualmente com variantes identificadas em vários países.