28 dez, 2021 - 21:21 • Lusa
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A variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2, que provoca a doença Covid-19, atingiu uma proporção estimada de 75% na segunda-feira , segundo um relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), divulgado esta terça-feira.
O relatório sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal indica que houve um “crescimento exponencial” de casos prováveis da variante Ómicron, enquanto houve uma redução de circulação da variante Delta.
Os dados indicam que a variante Ómicron é dominante em Portugal (mais de 50% dos casos) e que, segundo o INSA, este “aumento abrupto de circulação comunitária tem paralelismo com o cenário observado em outros países como, por exemplo, a Dinamarca e o Reino Unido”.
O relatório, realizado pelo Núcleo de Bioinformática do Departamento de Doenças Infeciosas do INSA, refere que até hoje foram analisadas 24.198 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas a partir de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 303 concelhos de Portugal.
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Têm sido analisadas uma média de 533 sequências por semana desde o início de junho de 2021, provenientes de amostras colhidas aleatoriamente em laboratórios distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental e pelas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo uma média de 129 concelhos por semana.
Na semana 50, de 13 a 19 de dezembro, a variante de preocupação Ómicron registava uma frequência relativa provisória de 10,1% (dados apurados até 14 de dezembro).
“De acordo com as estimativas obtidas com base na estratégia de monitorização em tempo-real da ‘falha’ na deteção do gene S, desde o dia 6 de dezembro tem-se verificado um crescimento exponencial na proporção de casos prováveis da variante Ómicron, tendo atingido uma proporção estimada de 75% no dia 27 de dezembro”, diz o INSA no relatório.
Quanto à variante Delta, o relatório indica que desde a semana 47 (22 a 28 de novembro) tem vindo a diminuir a sua frequência relativa, “em resultado do aumento abrupto de circulação da variante Ómicron, destacando-se ainda as linhagens AY.4.2 e AY.43.5, com frequências relativas próximas de 5% nas últimas semanas, sendo, contudo, expectável que a sua circulação diminua significativamente nas próximas semanas”, diz o INSA.