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​Hospital Amadora-Sintra com urgência lotada por pessoas que querem fazer teste Covid

28 dez, 2021 - 17:00 • Cristina Nascimento

Número de doentes internados com Covid estão em níveis “manejáveis”, diz a direção clínica que apela a que quem não apresente questões de saúde graves não vá às urgências.

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O Hospital Amadora Sintra está a acusar a pressão da pandemia, mas não por causa do número de internados: as urgências estão cheias com pessoas que querem apenas fazer teste Covid.

“Neste momento, temos, por exemplo, um elevado número de utentes que recorrem aos serviços de urgência apenas com o intuito de fazer testes Covid, o que, obviamente, é um contrassenso, porque um hospital não é um laboratório, não é um posto de colheitas”, diz à Renascença Cláudio Alves, da direção clínica do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca.

Este médico lembra que o hospital mantém a missão de serviço de urgência e os “mesmos médicos que vão ver os doentes pouco urgentes que pensam vir ao serviço de urgência só para fazer um teste, são os mesmos médicos que têm de tratar dos outros doentes graves que requerem internamento, alguns cuidados intensivos e cuidados emergentes”.

Segundo os dados avançados à Renascença, neste momento, cerca de dois terços dos doentes nas urgências deste hospital são não-urgentes. Perante o cenário, Cláudio Alves reforça o apelo para que apenas procurem as urgências os casos graves.

“Por sintomas ligeiros ou principalmente se pretendem apenas ter um teste Covid, por favor, não recorram às urgências hospitalares porque as urgências hospitalares têm outra missão no meio desta pandemia”, apela.

No que toca a internamentos por Covid, o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca tem neste momento 60 pessoas internadas, 55 em enfermaria e cinco em cuidados intensivos, uma realidade diferente da verificada há um ano. A 28 de dezembro de 2020, o hospital tinha 90 pessoas internadas com Covid-19.

“Neste momento os números de internamento, quer em enfermaria, quer em cuidados intensivos, são perfeitamente manejáveis, dentro da nossa capacidade de resposta”, assegura.

“O nosso grande problema em termos de capacidade de resposta, tem sido mesmo esta afluência desmedida e sem critério às urgências e isso é que nos complica muito a nossa capacidade de trabalhar”, remata.

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