29 dez, 2021 - 07:25 • Olímpia Mairos
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A Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou a informação divulgada sobre as condições de acesso a eventos de grandes dimensões e a eventos de natureza cultural entre os dias 25 de dezembro e 2 de janeiro.
A informação divulgada de madrugada esclarece que é necessário apresentar um teste com resultado negativo.
"A Direção-Geral da Saúde (DGS) esclarece que, entre os dias 25 de dezembro e 2 de janeiro, o acesso a eventos de natureza cultural implica a apresentação de um comprovativo de realização laboratorial de teste ou a realização de teste rápido de antigénio na modalidade de autoteste (colheita nasal), nos termos da Circular Informativa Conjunta 011/DGS/INFARMED/INSA/100.20.200, com resultado negativo", lê-se no comunicado.
A anterior nota da DGS com orientações sobre lotação dos espaços culturais, divulgada na terça-feira, definia que o acesso a “eventos de natureza cultural” dependia da apresentação “de um dos seguintes documentos”: certificado digital COVID; comprovativo de vacinação que ateste o esquema vacinal completo há pelo menos 14 dias; comprovativo de realização laboratorial de teste com resultado negativo.
Uma orientação diferente do que havia sido decidido na última reunião do Conselho de Ministros e que agora foi corrigida.
A DGS justifica que, por lapso, foi publicada uma versão que não estava atualizada.
"Por lapso, foi publicada uma versão da Orientação 028/2020, que não estava atualizada nos pontos 16 e 17, e da Orientação 014/2021, no ponto 14, que clarificam as regras de acesso a estes eventos, e que, entretanto, já foram substituídas no site da DGS", lê-se no documento.
O promotor de espetáculos, Álvaro Covões, criticou esta terça-feira as medidas de combate à Covid-19 impostas à cultura.
Em entrevista à Renascença, o diretor da Everything is New interrogou-se: “quem é que vai para uma fila quatro horas para fazer um teste para ir ao cinema?”
O produtor de espetáculos é afirmativo ao dizer que a DGS “tem de ser responsabilizada”.
Nesta entrevista à Renascença, Álvaro Covões diz que “este país tem de se organizar de uma vez por todas. Se as autoridades de saúde e o Governo, com o apoio de muitos especialistas chegam a um acordo com um conjunto de regras, não podem vir dizer, afinal não cumpram estas regras”.
A medida estava a gerar diferentes interpretações e casos. Basta percorrer as bilheteiras de alguns dos eventos previstos para os próximos dias para encontrar casos díspares.