29 dez, 2021 - 09:25 • Celso Paiva Sol , Cristina Nascimento
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A diretora-geral da Saúde revela que não foi reportada qualquer reação adversa grave após a vacinação contra a Covid-19 de 100 mil crianças abaixo dos 11 anos.
Em declarações ao programa da Renascença As Três da Manhã, Graça Freitas falou sobre esta fase da vacinação, considerando que não há uma resistência dos pais à vacinação, mas sim uma necessidade de habituação à ideia.
"Estive num centro de vacinação e foi muito gratificante ver como os pais, os acompanhantes, as crianças estavam de facto empenhadas na sua vacinação, em estimular a sua imunidade e aumentar a sua proteção. Esse fim de semana correu muito bem. Nas cerca de 96 mil crianças que foram vacinadas, não temos reporte de qualquer reação adversa grave", garante a diretora.
Nesta entrevista, a diretora-geral da Saúde apelou por isso à vacinação de todos os elegíveis para a vacinação, quer no que diz respeito ao esquema vacinal primário, quer para as doses de reforço.
As declarações de Graça Freitas surgem numa altura em que já é possível fazer o agendamento da vacinação de crianças a partir dos cinco anos.
A diretora-geral da Saúde foi também confrontada com a sugestão deixada pelo especialista Manuel Carmo Gomes, que defende agora a imunização natural da população. Graça Freitas considera que esse é o percurso natural de muitas doenças e que, num período entre dois a quatro anos, todos estarão imunizados contra a Covid-19, seja por via da infeção seja por via da vacinação.
Graça Freitas revelou que neste momento o processo de vacinação observa uma grande atividade, dado que se está a vacinar em três frentes: vacinação de menores de 11 anos, doses de reforço e vacinação contra a gripe.
Segundo a diretora-geral da Saúde, há uma capacidade instalada para fazer 100 mil vacinações contra a Covid-19 por dia, sendo que na terça-feira foram inoculadas 72 mil pessoas.
"Temos aqui uma folga. Se conseguirmos intensificar este processo, vindo as pessoas à vacinação, podemos acelerar o processo", adiantou quando questionada sobre quando seria possível os jovens de 18 anos terem a sua dose de reforço.