30 dez, 2021 - 15:59 • Pedro Mesquita , Filipe d'Avillez
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O antigo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, saúda a decisão da Direção-geral de Saúde de reduzir o tempo de isolamento de 10 para 7 dias em casos de infeção ou de contacto de risco.
Em comentários à Renascença o antigo ministro diz que a DGS até poderia ter ido mais longe, como fez o Governo Regional da Madeira, na quarta-feira, mas que mais importante é o facto de a decisão ter sido tomada rapidamente.
“É positivo e é de saudar sobretudo a rapidez com que a decisão é tomada, penso que é a primeira vez que perante uma situação nova, a requerer medidas adaptativas urgentes, o fazemos sem um ritual excessivamente demorado que acaba por ter implicações negativas na vida das pessoas, portanto nesse aspeto vemos isto como um passo positivo”, diz o ministro.
Portugal junta-se assim a países como o Reino Unido e Espanha, que com base nos dados científicos relativos à variante Ómicron, decidiram alterar os tempos de isolamento.
Para Adalberto Campos Fernandes o país transmite um bom sinal numa altura em que a pandemia ainda não acabou.
“Ao contrário do que algumas pessoas parecem dizer, a pandemia não acabou, aliás do ponto de vista estritamente técnico ela está aliás mais intensa, Portugal ainda hoje foi colocado nos piores índices de transmissão”, avisa.
“É preciso sermos capazes de ser adaptativos, porque estamos numa fase diferente, com uma variante nova, com um comportamento epidemiológico diferente, e portanto não valerá a pena estarmos com um excessivo ritual de apresentação, de discussão de medidas, o que é preciso é ouvir os especialistas rapidamente e agir em conformidade”, conclui.
Adalbero Campos Fernandes, ouvido esta tarde pelo jornalista Pedro Mesquita