31 dez, 2021 - 07:24 • Fátima Casanova
A tão aguardada operação de Ano Novo veio, afinal, revelar-se “bastante inferior ao que chegou a ser esperado” pelas agências de viagens, segundo adianta à Renascença o presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo.
Pedro Costa Ferreira diz que “fica a ideia que está um pouco ligada à falta de clarificação das restrições e a um equilíbrio entre as restrições que foram colocadas e a capacidade de resposta do país”.
O responsável dá como exemplo a testagem, para dizer que “houve uma série de regras impostas aos consumidores portugueses relativamente a testes para as quais, claramente, o país não estava capaz de cumprir”.
O presidente da APAVT diz, ainda assim, que neste período de Ano Novo, os números são mais favoráveis do que no ano passado, embora ainda inferior a 2019. A Madeira, no entanto, “destaca-se como operação perfeitamente ao nível de 2019, com mais de 10 voos charter”.
Pedro Costa Ferreira adianta que “os Açores, o Dubai, as Maldivas, Cabo Verde e Brasil são exemplos de destinos que funcionaram bem neste final de ano”.
Pedro Costa Ferreira denuncia que os apoios prometidos acabam por não sair do papel. numa altura em que “as empresas continuam fragilizadas e a precisar, dia após dia, cada vez mais de apoios”. O presidente da APAVT diz que “o diálogo com o governo vê hoje o seu momento mais frágil, mais distante, com menos capacidade de efetivar apoios, essa é que é a verdade”.
Pedro Costa Ferreira acrescenta que as agências de viagens precisam de “manter o apoio ao emprego, assim como, de uma vez por todas, colocar com efetividade as questões da recapitalização, que têm “sido anunciadas, mas a verdade é que elas não estão no terreno”.
O presidente da APAVT garante que “claramente o setor precisa hoje mais de apoios do que precisava há um ano e claramente há um ano existiam mais apoios ao dispor das empresas.”