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IHU. O que sabemos sobre a nova variante da Covid-19?

05 jan, 2022 - 07:42 • André Rodrigues

Nova estirpe foi assim batizada por ter sido detetada por investigadores do Instituto Hospitalar Universitário (IHU) de Marselha. Tem mais de 40 mutações genéticas mas, neste momento, não é tão preocupante como a variante Ómicron.

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Alfa, Beta, Delta, Ómicron e, agora, IHU. São cinco as variantes da Covid-19 identificadas até esta altura, a última das quais no início de dezembro, no sul de França.

Esta descoberta surge numa altura em que, à escala global, prossegue a luta contra a variante Ómicron que apresenta uma taxa de transmissibilidade extremamente elevada.

Porquê IHU?

A França identificou uma nova variante do coronavírus que causa a Covid-19, que tem 46 mutações genéticas, sendo que uma delas está associada a um potencial aumento da transmissão do vírus.

A nova estirpe foi assim batizada, por ter sido detetada por investigadores do Instituto Hospitalar Universitário (IHU) de Marselha.

O que sabemos da variante?

Esta nova variante, da qual ainda pouco se sabe, e deriva de uma outra – a B.1.640 – que tinha sido detetada em finais de setembro de 2021 na República Democrática do Congo.

Em França, os primeiros casos da nova variante foram detetados na localidade de Forcalquier, na região de Provença-Alpes-Costa Azul.

Na mesma região, mas em Marselha, surgiram 12 casos associados a viagens aos Camarões, país que faz fronteira com a República Democrática do Congo.

É mais ou menos perigosa do que a variante Ómicron?

Ainda é cedo para dar uma resposta a essa pergunta, dado o número ainda reduzido de casos identificados.

Em Portugal, Miguel Prudêncio, investigador do Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa, considera que "não há motivo para preocupação" nem com o aparecimento de uma nova variante em França, nem com o surgimento de casos de dupla infeção por gripe e Covid-19, conhecidos como "Flurona".

Em França, as autoridades de saúde estão atentas mas, para já, a variante IHU circula em níveis muito reduzidos e parece não fazer concorrência, seja à variante Delta – que esteve na origem da quinta vaga da pandemia em França – seja à variante Ómicron, que é extremamente contagiosa, e já é responsável por cerca de 90% dos casos em Portugal.

A nível global, a IHU está a ser monitorizada pela Organização Mundial da Saúde, mas, para já, não há sinais de preocupação.

A Covid-19 causou 5.448.314 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência noticiosa France-Presse (AFP), com base em dados oficiais.

Em Portugal, morreram, desde março de 2020, 19.015 pessoas e foram contabilizados 1.460.406 casos de infeção, de acordo com números hoje divulgados pela Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em diversos países.

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