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Covid-19

Nova variante e "Flurona" não são motivos de grande preocupação, defende especialista

04 jan, 2022 - 22:21 • João Malheiro

Imunologista aponta que a variante IHU "não tem capacidade de se sobrepôr à variante Ómicron, até ver". A dupla infeção por "Flurona" não é motivo para novas restrições ou medidas especiais, defende.

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O imunologista do Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa Miguel Prudêncio considera que "não há motivo para preocupação" no aparecimento de uma nova variante em França e do surgimento de casos de "Flurona" um pouco por todo o mundo.

"A variante IHU foi identificada há algum tempo, só agora é que foi noticiada. O número de casos que foram identificados é relativamente baixo", explica, à Renascença.

O especialista aponta que "não se verificou um aumento de casos como se viu com a Ómicron", o que indica "que não tem capacidade de se sobrepôr, até ver".

"Não há motivo para preocupação, neste momento. É demasiado prematuro especular que esta variante pode ser uma ameaça real", realça.

No entanto, o imunologista indica que se deve manter-se a "monitorização da variante e o controlo sanitário exigido pela Covid-19".

"Flurona" não justifica novas medidas

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) não registou casos de infeção simultânea pelos vírus que provocam a gripe e a Covid-19, mas admitiu, esta segunda-feira, que estas situações ocorram, face ao previsível aumento da atividade gripal.

Casos de "Flurona" - 'flu' (gripe, em inglês) e 'rona' (de coronavírus) - terão sido detetados pela primeira vez nos Estados Unidos, durante o primeiro ano da pandemia de Covid-19.

Os especialistas do Ministério da Saúde israelita acreditam que haja casos semelhantes, ainda não identificados, quando quase duas mil pessoas estão internadas por gripe e ao mesmo tempo os casos positivos da variante Ómicron do SARS-CoV-2 estão a aumentar no país.

A dupla infeção por "Flurona" não é motivo para novas restrições ou medidas especiais, defende Miguel Prudêncio, à Renascença.

"A utilização da máscara é uma medida eficaz, quer para um vírus, quer para o outro, e temos números de vacinação adequados para combater ambas as doenças", refere.

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