06 jan, 2022 - 10:00 • Lusa
Os seguros contra ataques informáticos têm "procura crescente" e é "expectável o seu crescimento em Portugal", em linha com o que se "verifica no resto da Europa", disse a Associação Portuguesa de Seguradores (APS).
Depois de mais dois dias em baixo, os sites do Expresso e da SIC Notícias voltaram na quarta-feira a estar no "ar".
Questionada pela Lusa sobre quantos seguros contra ataques informáticos existem em Portugal, a APS disse, numa resposta por escrito, que "não dispõe de informação sobre o número de seguros efetuados".
No entanto, a associação "sabe que é um tipo de seguro com procura crescente, sendo expectável o seu crescimento em Portugal, acompanhando a tendência que se verifica no resto da Europa", acrescentou.
"São já várias as empresas de seguros que, em Portugal, dispõem de produtos padronizados neste domínio, disponibilizando coberturas, regra geral, em três domínios", referiu.
No domínio "do aconselhamento (parcerias com especialistas em segurança informática), no domínio do apoio jurídico em caso de sinistro, e no domínio do ressarcimento de alguns tipos de danos resultantes de ciberataques", salientou. .
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Estrearam-se agora em Portugal, mas já levaram ata(...)
Trata-se de "produtos muito vocacionados para as PME [pequenas e médias empresas]", prosseguiu a APS, acrescentando que "já para as grandes empresas os seguros são, em regra, "feitos à medida", bastante complexos e desenvolvidos com parceiros das seguradoras, quer da área da corretagem, quer do resseguro internacional".
A Associação Portuguesa de Seguradores recorda que "promoveu a edição de um livro dirigido aos jovens (intitulado Armadilha Digital), alertando para os perigos dos ataques informáticos, o qual, no final, tem alguma informação sobre os tipos de cobertura destes seguros".
Na quarta-feira, a Impresa anunciou que está a "tomar as medidas necessárias para repor", assim que possível, "o normal e regular acesso aos conteúdos noticiosos do grupo", depois de ter sido alvo de um ataque informático no dia 2 de janeiro, na sequência do qual os "sites" de informação do Expresso e dos canais de televisão SIC e SIC Notícias, bem como a plataforma OPTO, ficaram temporariamente indisponíveis ao público.
Na sequência "da intrusão ilícita", a dona da SIC e do Expresso "desencadeou, imediatamente, em conjunto com uma equipa de especialistas, uma operação de avaliação do impacto potencial desse ataque ilegítimo e desencadeou ações preliminares de proteção e contenção e está a tomar as medidas necessárias para repor, o quanto antes, o normal e regular acesso aos conteúdos noticiosos do grupo".
O risco de outras empresas portuguesas poderem ser alvo de ciberataques, depois deste ataque à Impresa, é permanente, sendo uma questão de tempo até acontecer, consideram especialistas em cibersegurança contactados pela Lusa.
Perguntas e respostas
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