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Associação avança com ação judicial contra a "Teoria de Género" na Educação

08 jan, 2022 - 19:04 • Teresa Almeida , com Redação

A associação SaIL considera que alguns conteúdos da disciplina de Cidadania violam a Constituição. Afonso Teixeira da Mota critica que os referenciais aprovados para a Cidadania "apresentam uma forma de pensar sobre a natureza humana, a sexualidade humana e a antropologia".

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A associação SaIL apresentou uma ação judicial que exige que o Estado Português retire conteúdos denominados como pertencentes a "diretivas ideológicas da Teoria de Género".

À Renascença, Afonso Teixeira da Mota, da SaIL, defende que a disciplina de Cidadania "tem sido instrumentalizada pelo Estado para veicular conteúdos ideológicos".

"Isto é contrário à Constituição Portuguesa. O Estado português não pode programar a Educação e a Cultura segundo quaisquer diretrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas e religiosas", aponta.

O representante da SaIL indica que o problema "não é a disciplina em si", mas sim o seu conteúdo.

Afonso Teixeira da Mota critica que os referenciais aprovados para a Cidadania "apresentam uma forma de pensar sobre a natureza humana, a sexualidade humana e a antropologia".

"Essa forma é baseada no que se chama a Teoria de Género, que convida as pessoas a pensarem que a dimensão biológica do Homem é uma coisa e o género é outra", diz.

Afonso Teixeira da Mota está convencido que há "muitíssimos" pais que estão do lado desta ação judicial e diz ter conhecimento de casos semelhantes ao de dois alunos, em Famalicão, que os pais não permitiram que assistissem às aulas de Cidadania.

"Isto é contrário ao que muitas famílias pensam. É tudo menos consensual", acrescenta o representante da SaIL.

Esta ação judicial é acompanhada por um pedido de providência cautelar, que, a ser aceite, vai permitir que a disciplina continue a ser ministrada mas sem os conteúdos alvo da ação.

Comentários
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  • Joao oliveira
    08 jan, 2022 Edimburgo 23:17
    E porque não expor todas as diferentes teorias aos alunos? E uma forma de poderem compreender que, em ciências humanas, existe várias formas de pensamento e ideias? A ideia deveria ser compreender a diversidade de ideias, e não necessariamente obrigar os alunos a adotar uma (dentro dos limites do respeito para os outros e consigo mesmos). Obviamente não se deseja os alunos com pensamentos discriminatórios ou intolerantes, mas o mundo não é mais a branco e preto, existem diferentes ideias, algumas em voga, mas estas alteram-se e evoluem. O que importa é compreender isso.
  • Joaquim Santos
    08 jan, 2022 Tojal 21:28
    É pena que nestes assuntos a Igreja Católica Apostólica Romana em Portugal ainda esteja a dormir ,nesta ofensa a Deus à Igreja e à civilização ocidental.
  • Maria Oliveira
    08 jan, 2022 Lisboa 19:15
    Estão absolutamente certos. O PS e o BE têm-se empenhado em destruir a família e os valores que nos definem enquanto sociedade. Tudo em favor de ideias destituídas de referências éticas, que pretendem impor e que traduzem, como bem refere esta Associação, a imposição de uma "ideologia".

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