13 jan, 2022 - 17:47 • Manuela Pires , Sofia Freitas Moreira
A presidente da Associação Nacional de Municípios diz que as autarquias precisam de saber rapidamente com que linhas se cosem para preparar o dia das eleições. Luísa Salgueiro esteve no debate do podcast da Renascença, "Em Nome Do Voto", com Ribau Esteves, e os dois autarcas dizem que a indefinição é prejudicial.
Já daqui a dez dias, a 23 de janeiro, ocorre o voto por antecipação em mobilidade e o Governo já alargou as secções de voto para este dia, para 2.600 em todo o país.
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Luísa Salgueiro, autarca de Matosinhos e presidente da Associação Nacional de Municípios, diz que é preciso saber com que regras vão trabalhar.
“Não posso deixar de constatar que estamos a dez dias do primeiro momento do ato eleitoral e, portanto, precisamos mesmo de uma orientação, porque são muitas tarefas que os municípios têm de realizar, precisamos de organizar o trabalho”, diz a autarca em declarações à Renascença.
Em Aveiro, o autarca Ribau Esteves tem, este ano, 30 secções de voto antecipado, quatro vezes mais do que nas últimas eleições presidenciais, em 2021.
“O que é preciso é que haja definições rapidamente claras para nós prepararmos tudo. Parece-me óbvio que quem está infetado não vá votar, vote em casa, apenas temos de ter essa decisão tomada rapidamente para saber qual é o universo, para as pessoas terem um tempo para manifestarem essa intenção e nós organizarmos toda a logística”, explica.
E recorda que, nas presidenciais, em Aveiro, foram cerca de 12 equipas que, “durante um dia inteiro, conseguiram fazer essa recolha, e depois também houve um processo idêntico nos lares de idosos. É só preciso definir as regras”, reforça Ribau Esteves.
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Quanto às soluções, o autarca de Aveiro concorda com a ideia do drive-thru, mas não com uma hora específica para os eleitores em isolamento.
“As pessoas que estão numa mesa que vai receber os votos de pessoas que estão infetadas têm que estar com um equipamento de proteção individual mais capaz do que o normal. Julgo que a solução do drive-thru é excelente”, defende.
Apesar de concordar que a solução drive-thru “é, em termos sanitários, de um nível de segurança muito alto”, o autarca continua a achar “que o voto por correspondência é aquilo que devia ser feito.”
A presidente da Associação Nacional de Municípios e autarca de Matosinhos defende precisamente o contrário.
“Orientar para um período especial do dia, para que não haja esta probabilidade de cruzamento, parece-me adequado. Relativamente ao drive-thru, devo manifestar o meu desconhecimento. Não sei se a legislação permite essa solução e nós não podemos alterar a lei”, conclui.
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