23 jan, 2022 - 13:00 • Ana Carrilho
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Apesar da adesão não ter sido tão grande como o Governo esperava (cerca de um milhão), a autarquia liderada por Carlos Moedas decidiu manter as mesmas 152 mesas de voto previstas inicialmente. Ou seja, cada mesa de voto tem um máximo de 250 eleitores, metade do número médio indicado pelo Ministério da Administração Interna.
Os eleitores que pediram para votar antecipadamente em Lisboa, podiam optar pelas mesas em escolas do Lumiar, Belém ou na Cidade Universitária. Aliás, foi aqui que se concentraram grande parte das mesas (107 das 152), onde o movimento no exterior foi sempre significativo para um domingo de manhã, logo às 8h. Ao longo da manhã foi aumentando.
Chegados à Alameda da Universidade, os eleitores têm pórticos de indicação da localização mesas dos diferentes círculos eleitorais (na Reitoria e Aula Magna, Cantina Velha, Faculdade de Letras, Faculdade de Ciências, além das Faculdade de Direito e de Psicologia, destinadas aos eleitores do círculo de Lisboa). Cada edifício está identificado com uma cor (amarelo, vermelho, verde, azul, roxo e laranja). Em diversos pontos, há funcionários da autarquia que distribuem folhetos informativos.
No primeiro balanço do dia, pouco depois das 10h da manhã, o vereador responsável pelo processo eleitoral, Diogo Moura fazia um balanço muito positivo. Estava tudo a funcionar normalmente, rapidamente, com grande fluidez e sem filas.
Nas mesas de voto estão cerca de 750 pessoas. Apenas trintas não compareceram, mas foram substituídas de imediato.
Eleitores satisfeitos com a organização
Com a experiência de longas filas nalgumas horas do dia para o voto antecipado nas Eleições Presidenciais, foram muitos os eleitores que preferiram acordar cedo e fazer-se ao caminho da Alameda da Universidade, apesar das temperaturas muito baixas as 10h, apesar dos 6ºC, a sensação térmica não ultrapassava os 3ºC).
Foi o que aconteceu com José Dias, por volta das 8,15 da manhã. Entrou e saiu rapidamente da Faculdade de Letras, com o dever cumprido e a ideia de que, desta vez, está tudo muito bem organizado. Do outro lado da Alameda, José, eleitor do círculo de Lisboa, manifestou à Renascença a mesma opinião.
As Faculdades de Direito e a de Psicologia concentram o maior número de eleitores, mas também, de mesas de voto. Por isso, como constatámos, apesar do movimento, de manhã, as filas reduzam-se a 2-3 pessoas, no máximo e quase sem tempo de espera.
Muita gente pensou como Júlia Cunha e apesar do frio, foi bem cedo. Ainda assim a bracarense não encontrou qualquer fila e depressa se despachou.
Quando encontrámos Hugo Almeida, ainda ia votar, mas já se mostrava satisfeito com a organização. E sobretudo, com a flexibilidade do voto antecipado. “Estou longe da minha terra – Santa Maria da Feira – e não queria falhar, de todo, estas eleições. Esta é uma boa resposta e é o caminho que a nossa Democracia tem que seguir; abrir mais opções para as pessoas votarem. Só assim é que as novas gerações vão aderir mais facilmente”.