25 jan, 2022 - 13:19 • Fátima Casanova , Marta Grosso
As creches e os infantários privados estão a fechar salas, porque não conseguem contratar funcionários que substituam aqueles que ficam doentes, nomeadamente por causa da Covid-19. A denúncia é feita na Renascença pela presidente da Associação de Creches e Pequenos Estabelecimentos de Ensino.
“Não estamos a conseguir contratar pessoas que estão desempregadas, porque estamos a falar de um curto espaço tempo de necessidade, ou seja, se uma pessoa está de baixa sete dias e vamos contratar alguém para a substituir significa que seria por esse período inicialmente e as pessoas não estão a fim de suspender os seus subsídios de desemprego para virem trabalhar tão pouco tempo, porque depois vai demorar muito tempo a reativar esse subsídio”, explica Susana Batista.
“Então, está a ser extremamente difícil encontrar pessoas, neste momento, disponíveis para virem trabalhar para as creches, para nos virem ajudar a manter as salas abertas”, lamenta.
Crianças e funcionários têm sido infetados pelo no(...)
A responsável queixa-se da falta de apoio do Estado e critica o silêncio do Governo, a quem já foi pedido apoio. Susana Batista pede, em concreto, que seja alargado às instituições privadas o apoio ao reforço de emergência de equipamentos sociais.
Isso “permitiria a estas instituições contratar pessoas que estão desempregadas sem terem de suspender o subsídio de desemprego, sendo que o IFP [Instituto para a Formação Profissional] iria apoiar também as empresas a pagar um valor adicional. Quando terminasse essa ajuda – que poderia ser por um tempo determinado, sete, dez dias, até um mês, no máximo três meses, que é o que diz a medida – as pessoas continuariam a receber o subsídio de desemprego, porque nunca foi suspenso”, explica à Renascença.
“O que nós queríamos e pedíamos neste momento, única e exclusivamente, era que realmente estendessem essa medida também ao nosso setor para conseguirmos resolver esses problemas. Seria uma ajuda muito importante para nós e imediata”, sublinha.
O pedido já seguiu por carta dirigida ao primeiro-ministro e à ministra da Segurança Social.