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Expansão da Ómicron condiciona serviços públicos e preocupa sindicatos

27 jan, 2022 - 07:48 • Olímpia Mairos

Governo poderá reavaliar a necessidade de medidas específicas, mediante a evolução da situação pandémica que “acompanha em permanência”.

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A Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) alerta para os efeitos da crescente vaga da variante Ómicron no funcionamento de vários serviços da administração pública.

Apesar de não serem conhecidos casos de encerramentos, há vários serviços condicionados.

Em declarações à Renascença, José Abraão dá o exemplo da segurança social.

“Encerramentos não conhecemos, mas na segurança social há alguma dificuldade em processar seja o rendimento social de inserção ou outro tipo de prestações sociais”, afirma José Abraão, assinalando que “a falta de pessoal não está resolvida e as dificuldades vão crescendo”.

A situação preocupa o dirigente sindical, “porque a vida não parou, as pessoas precisam de respostas aos seus problemas; se essas respostas não vêm, seja para as empresas, seja para os serviços, seja para as pessoas, é preocupante”.

À Renascença, o gabinete da ministra da Administração da Modernização do Estado e da Administração Pública assegura que “os serviços públicos mantêm-se a funcionar com normalidade”, cabendo aos “dirigentes superiores de cada serviço verificar em permanência as condições do respetivo funcionamento em concreto, no quadro dos planos de segurança e saúde no trabalho que possuem, por forma a assegurar a continuidade dos mesmos e recorrendo aos meios legais que estão à respetiva disposição”.

De acordo com a informação disponibilizada, os trabalhadores dos serviços públicos que funcionam nas Lojas de Cidadão continuam a ser testados semanalmente, tendo sido feitos cerca de 6.559 testes nos meses de dezembro 2021 e janeiro 2022.

“Neste período, foram detetados apenas 86 casos positivos, nas seis sessões de testes realizadas nas 28 Lojas de Cidadão geridas pela Agência para a Modernização Administrativa (AMA). Apenas um serviço de uma destas Lojas esteve encerrado durante três dias, na primeira semana de janeiro, tendo, entretanto, reaberto”, lê-se na resposta à Renascença.

Os testes foram realizados pela Cruz Vermelha Portuguesa, dentro de cada uma das lojas de cidadão, em local reservado, com as condições exigidas para o efeito, estando, neste momento, a “decorrer um procedimento de contratação” que permitirá retomar os testes na próxima semana.

Segundo o gabinete da ministra Alexandra Leitão, “embora a realização dos testes seja voluntária, tem-se registado uma grande adesão por parte dos trabalhadores que se inscrevem e submetem ao teste”.

O Governo diz-se preparado para reagir à expansão da Ómicron e “poderá reavaliar a necessidade de medidas específicas neste domínio, mediante a evolução da situação pandémica que acompanha em permanência”, conclui o ministério.

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