29 jan, 2022 - 09:30 • Carla Caixinha
Marcelo Rebelo de Sousa enviou uma mensagem de condolências e de solidariedade ao Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, devido aos efeitos trágicos provocados pela passagem da tempestade Ana.
A população mais afetada vive nas províncias mais povoadas do país, ou seja, Nampula e Zambézia, e ainda em Tete, Niassa, Sofala e Manica, todas no norte e no centro.
“Quero também expressar a Vossa Excelência a nossa solidariedade para com o povo moçambicano e, em particular, para com os habitantes das zonas mais afetadas.”
No site da Presidência da República, o chefe de Estado expressa “profunda preocupação e consternação” pelas consequências da tempestade que afetou as províncias mais povoadas do país, tendo provocado a morte de vidas humanas, grande parte mulheres e crianças, além de danos avultados em infraestruturas críticas.
“Neste momento difícil, os meus pensamentos estão com as vítimas e as suas famílias, a quem apresento, através de Vossa Excelência, em nome do Povo português e no meu próprio, as mais sentidas condolências, assim como os desejos de rápidas melhoras a todos os feridos”, pode ler-se.
A tempestade Ana já fez, pelo menos, 20 mortos em Moçambique, seis dos quais em Tete, num balanço ainda por terminar.
Moçambique enfrenta a época ciclónica sazonal e a tempestade tropical Ana foi a primeira e única até ao momento a atingir o país.
De acordo com as Nações Unidas, entre 2016 a 2021, o país enfrentou duas grandes secas e oito tempestades tropicais, incluindo os grandes ciclones Idai e Kenneth, em 2019, que num período de seis semanas afetaram 2,5 milhões de pessoas.
A época chuvosa de 2018/2019 foi das mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos dois maiores ciclones de sempre a atingir o país.
Segundo a ferramenta de avaliação de risco de desastres Inform, Moçambique ocupa o nono lugar entre 191 países quanto à vulnerabilidade a perigos, exposição a riscos e falta de capacidade de resposta, acrescenta o UNICEF.