04 fev, 2022 - 16:19 • Lusa
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A diminuição dos casos de covid-19 e do índice de transmissibilidade são "bons indicadores" para uma adaptação das medidas de contenção da pandemia, nomeadamente do período de isolamento, disse esta sexta-feira o secretário de Estado Adjunto e da Saúde.
"É importante dizer que têm vindo a baixar os números, comparativamente com os números da semana anterior, o índice de transmissibilidade também tem vindo a diminuir, e, portanto, são bons indicadores, diria, para que possa vir a haver uma adaptação relativamente a esta evolução epidemiológica", disse António Lacerda Sales a jornalistas em Vilamoura, à margem da sessão de abertura do Congresso Português de Endocrinologia, que decorre até domingo.
Questionado sobre se está a ser ponderada a diminuição do período de isolamento para pessoas infetadas com covid-19, atualmente fixada em sete dias, o secretário de Estado respondeu que essa é uma decisão "técnica" e "que gradualmente e progressivamente se pode vir a adaptar" à evolução epidemiológica.
A incidência de infeções com o coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal aumentou para 7.163,7 casos por 100 mil habitantes e o índice de transmissibilidade (Rt) voltou a baixar, para 1,05, segundo dados hoje divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
Segundo o boletim diário sobre a evolução da pandemia de covid-19 em Portugal, o Rt - que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de cada pessoa portadora do vírus - desceu de 1,09 a nível nacional, na quarta-feira, para 1,05, o mesmo acontecendo considerando apenas Portugal continental, onde baixou de 1,10 para 1,05.
Já nos próximos dias pode haver uma redução do núm(...)
António Lacerda Sales adiantou que, relativamente ao esperado alívio progressivo das restrições, o uso de máscara deveria ser das últimas medidas que cada um deveria aliviar.
"Por enquanto [o uso de máscara] ainda é importante, dada a incidência, dado o índice de transmissibilidade, continua a ser importante irmos mantendo máscara, nomeadamente, em espaços fechados ou com grandes aglomerados", advertiu. .
Mas, "há de chegar o tempo em que ficará um pouco ao critério de cada um e à responsabilização individual de cada um" o uso de máscara, considerou Lacerda Sales, dizendo que o seu uso é uma das "grandes lições" desta pandemia e que deverá ser "das últimas medidas que cada um" deverá aliviar.
"Com certeza, num futuro a médio e longo prazo cada um dos grupos [de risco], ou cada uma das pessoas deverá, por iniciativa própria tomar essa decisão", sublinhou, referindo-se à população mais vulnerável, notando que se está a entrar "numa fase de transição para uma maior responsabilização individual".
A covid-19 provocou pelo menos 5.698.322 de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 20.127 pessoas infetadas com o SARS-CoV-2 e foram contabilizados 2.843.029 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.