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Cibercrimes

Portal da Queixa alerta consumidores. É preciso “construir “forte literacia digital”

09 fev, 2022 - 14:11 • Rosário Silva

A maior rede social de consumidores de Portugal, pede aos cidadãos para estarem alerta e informados, para poderem “reconhecer cenários duvidosos e fraudulentos e saber como agir”.

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O Portal da Queixa alertou, esta quarta-feira, para a “tendência crescente” de crimes informáticos, revelando que, em 2021, recebeu na sua plataforma, só relativas a burlas online, mais de seis mil queixas.

Em comunicado enviado à Renascença, esta que é a maior rede social de consumidores de Portugal, constituindo-se como referência nacional em matéria de consumo, confirma que os ataques informáticos aumentaram durante a pandemia, exemplificando com os dados mais recentes do Gabinete de Cibercrime da Procuradoria-Geral da República (PGR).

“As denúncias de cibercrimes duplicaram em 2021, chegando às 1.160, mais do dobro do que no ano anterior”, refere, defendendo que “a literacia digital é a melhor arma para combater o crime informático”, reforçando alguns alertas junto dos consumidores.

Se é verdade que os ataques informáticos acontecem há vários anos - com esquemas que assumem diversos ‘modus operandis’, com maior ou menor impacto, também é verdade que a cibercriminalidade associada à vertiginosa evolução tecnológica está para durar”, lê-se na nota.

Desde ciberataques dirigidos a entidades governamentais, a bancos, a marcas e a empresas, esta é uma notícia que se tem repetido, nos últimos tempos.

O Portal da Queixa recorda que, só este ano, registaram-se ataques à página de internet da Assembleia da República, ao Grupo Impresa (SIC e Expresso), à Cofina (Record, Correio da Manhã, CMTV, Sábado e Jornal de Negócios), e, mais recentemente à operadora Vodafone.

Se o investimento em cibersegurança passará a ser uma prioridade vital para empresas, marcas e organizações, para os consumidores, sublinha a plataforma, “o caminho apontado é o de construir uma forte literacia digital”.

Para a maior rede social de consumidores de Portugal, “estar alerta, informado e ter consciência da situação, pode mesmo fazer toda a diferença”. A ideia passa, então, por saber “reconhecer cenários duvidosos e fraudulentos e saber como agir quando se é vítima de algum esquema de burla”.

Entre as medidas sugeridas pelo Portal, referência para a criação de passwords seguras, atualizando-as regularmente, o não ignorar as atualizações de software, nunca abrir mensagens de remetentes ou números desconhecidos, ou até mesmo de marcas e entidades conhecidas, mas que apresentem uma mensagem duvidosa.

Por outro lado, é feito um alerta quanto aos ataques por via das redes sociais, tendo em atenção a duplicação de perfis de marcas, celebridades ou influencers”, lembrando que “xistem perfis falsos de “Giveaways” que levam as pessoas a deixarem os seus dados pessoais ou cartão de crédito em plataformas desconhecidas”.

Em caso de fraude bancária ou se foi vítima de phishing, “deve alertar de imediato o seu banco e cancelar todos os cartões”.

Para qualquer dúvida, pode sempre “denunciar e partilhar a sua experiência”, uma vez que a reclamação no Portal da Queixa “não só alerta a marca sobre o que está a acontecer, como também ajuda outros consumidores a perceberem que podem estar prestes a ser alvo de fraude”.

O último Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) já alertava para os ciberataques contra infraestruturas críticas portuguesas com o objetivo de "aceder a informação classificada com valor político e económico".

Os dados mais recentes do Gabinete de Cibercrime da PGR dão conta que as denúncias de cibercrimes duplicaram no ano passado. Em 2021, o aumento foi "ainda mais expressivo" do que tinha sido em 2020, “com 1.160 denúncias recebidas, contra as 544 de 2020”. Em 2019, tinham sido 193.

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