Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Hospital de Almada acusado de só pagar subsídio covid a metade dos enfermeiros

11 fev, 2022 - 20:08 • Lusa

Em causa estão os enfermeiros da Urgência Pediátrica do Garcia da Orta, indica o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal.

A+ / A-

O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) acusou esta sexta-feira a administração do Hospital Garcia de Orta, em Almada, de não pagar o subsídio de risco covid a metade dos enfermeiros que trabalham na Urgência Pediátrica.

"Não existem "numerus clausus" para o subsídio de risco covid", afirma, em comunicado, o coordenador da região sul do Sindepor, Luís Mós, que promete questionar a administração do hospital sobre o não pagamento do subsídio covid a parte dos enfermeiros.

No comunicado, o Sindepor considera tratar-se de "uma decisão unilateral, injusta e incompreensível", e recorda que a Urgência Pediátrica do Hospital Garcia de Orta está "a funcionar no limite, com cerca de 30% dos enfermeiros em isolamento profilático", adiantando que é uma "situação recorrente".

"A boa vontade e entrega dos enfermeiros que se mantêm em funções têm permitido que a prestação de cuidados de saúde pediátricos não entre em rutura durante as 24 horas de funcionamento, com o consequente aumento do pagamento de trabalho extraordinário", acrescenta o documento, que também adverte para a saída de enfermeiros da Urgência Geral do Hospital Garcia de Orta, em Almada, no distrito de Setúbal.

"Recentemente, saíram do hospital cinco enfermeiros e os que se mantêm ao serviço queixam-se de exaustão. Neste contexto, o Sindepor vai perguntar à administração do Garcia de Orta quais as medidas que tem em curso ou as que pretende adotar para travar a saída de enfermeiros", lê-se no comunicado.

Na reunião que pretende ter com a administração do Hospital Garcia de Orta, o Sindepor promete também questionar as diferenças entre enfermeiros com Contratos de Trabalho em Funções Públicas e com Contrato Individual de Trabalho, alegando que estes últimos "desempenham as mesmas funções, mas são prejudicados a vários níveis".

A agência Lusa confrontou a administração do Hospital Garcia de Orta com as acusações do Sindepor, mas não obteve resposta em tempo oportuno.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+