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Horta Osório assume que o Credit Suisse foi uma "escolha errada"

11 fev, 2022 - 18:44 • Ana Catarina André

No Dia Nacional da Universidade Católica, em que foi distinguido com o grau de Doutor Honoris Causa, o gestor português disse que o grupo a que presidiu durante nove meses "requeria uma enorme mudança cultural que levaria anos".

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António Horta Osório admitiu, esta sexta-feira, na sessão em que a Universidade Católica Portuguesa (UCP) o distinguiu com o grau de Doutor Honoris Causa, que “o Credit Suisse foi uma escolha que se revelou errada”.

“O banco estava numa posição muito diferente, pior quando cheguei do que quando aceitei e requeria uma enorme mudança cultural que levaria anos e levantou enormes resistências”, disse o gestor português, dando assim “exemplos de coisas que, por mais que se planeie ou se tenha objetivos com ambição e trabalho”, dão errado.

Em janeiro, o banqueiro português demitiu-se da presidência do Credit Suisse Group, ao fim de nove meses no cargo, após quebrar medidas de prevenção contra a Covid-19 na Suíça e Reino Unido.

Além de Horta Osório, a Universidade Católica Portuguesa, que assinalou esta sexta-feira o seu Dia Nacional, atribuiu o Honoris Causa a Joseph Weiler, reitor do Instituto Europeu de Florença de 2013 a 2016) e titular da Cátedra ‘Jean Monnet’.

No discurso de agradecimento, o académico alertou para a crescente polarização da sociedade e frisou a necessidade de voltar à raiz do humanismo e à necessidade de procurar a justiça “mesmo quando é contra os próprios interesses”.

Reitora alerta para riscos da “monocultura académica”

Destacando que a reinvenção da universidade faz parte da sua missão, Isabel Capeloa Gil, reitora da instituição, frisou, disse na abertura da sessão que “a monocultura académica constitui a derradeira ameaça interna à ecologia integral”.

Isabel Capeloa Gil revelou que, com o apoio do Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS), a universidade está a promover um projeto de integração de estudantes vindos do Afeganistão.

Já o cardeal patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, magno chanceler da Católica, apelou a um humanismo “onde nos podemos encontrar como pessoas e reconstituir como sociedade”.

“Uma sociedade para o futuro que parte do elemento essencial, que é precisamente a humanidade de cada um e de cada uma”, defendeu D. Manuel Clemente.

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