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Famílias pobres recebem menos alimentos devido a burocracias

14 fev, 2022 - 08:00 • Olímpia Mairos

Segurança Social, que faz a gestão do programa de apoio às pessoas mais carenciadas, admite falhas na entrega de alguns produtos, mas garante que o problema está a ser resolvido.

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Há famílias que estão a passar dificuldades devido à falta de alimentos nos cabazes de que beneficiam através do chamado Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas.

O Jornal de Notícias denuncia esta segunda-feira que nos últimos cinco meses, as famílias têm recebido menos alimentos.

O Ministério da Segurança Social, que faz a gestão do programa, reconhece “falhas” e justifica-as com impugnações judiciais nos concursos de compra de produtos, a demora nos pareceres da ASAE e, as exigências da União Europeia no que toca a este tipo de concursos.

Assegura, no entanto, que “a situação está a ser gradualmente ultrapassada”, adiantando que “alguns produtos serão distribuídos este mês”.

Segundo o JN, famílias que recebiam todos os meses um cabaz com 25 alimentos, desde setembro deixaram de receber produtos como leite, arroz, peixe congelado, atum, azeite e bolachas Maria. E, em alguns cabazes, os produtos entregues são agora de menor quantidade.

Várias assistentes sociais, ouvidas pelo jornal, manifestam-se indignadas com o que está a acontecer, afirmando que não é fácil explicar a quem precisa a escassez de produtos.

A maioria dos utentes não consegue entender quando lhes explicam que os alimentos não são distribuídos devido à impugnação de concursos para a aquisição de bens alimentares, a única informação que chega ao conhecimento dos técnicos., por isso, reclamam e ficam chateadas.

Algumas famílias queixam-se também da qualidade dos produtos.

Já o Governo garante que não estão a ser entregues produtos estragados ou fora de validade e adianta que, até junho, vão ser feitas mais de 60 operações para verificar a qualidade dos cabazes alimentares distribuídos às famílias carenciadas.

O Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas começou em Portugal em 2014, e é co-financiado por fundos comunitários.

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