21 fev, 2022 - 09:33 • Olímpia Mairos
Uma rede de contrabando internacional de tabaco em Portugal e Espanha foi desmantelada, tendo sido detidas oito pessoas, com idades compreendidas entre os 33 e 61 anos, suspeitas de terem lesado o nosso país em 163.000 euros.
Segundo a Europol, além das detenções foram apreendidas duas toneladas de tabaco cortado, mais de 10 mil cigarros falsificados, diverso equipamento para corte e secagem de tabaco e 37.800 euros em dinheiro.
Os detidos são suspeitos de terem importado ilegalmente de Espanha para Portugal grandes quantidades de folhas e tiras de tabaco, destinadas a produzir cigarros falsificados. A rede criminosa tinha instalações de armazenamento e produção de tabaco espalhadas pelos dois países.
As buscas domiciliárias foram realizadas na província de Sevilla (Espanha) e nas cidades de Coimbra, Lisboa, Leiria e Aveiro (Portugal).
O inquérito já decorria há cerca de um ano e meio e segundo a GNR “teve por objetivo a investigação de uma organização criminosa internacional, que se dedicava à introdução e comercialização fraudulenta de folha de tabaco triturada”.
“O objetivo era controlar um circuito de distribuição e comercialização marginal em território nacional e em Espanha, sustentado num complexo esquema de remessas de encomendas postais a partir do Reino de Espanha, com destino a distribuidores sedeados em território nacional e orientado para a dissimulação do conteúdo e ocultação de remetentes”, lê-se no comunicado.
De acordo com a Europol, os suspeitos contrabandearam mais de sete toneladas de produtos de tabaco de Espanha para Portugal, em 2021, e terão lesado o Estado português em mais de 163.000 euros.
Em comunicado, a GNR indica que foram “constituídos três arguidos de nacionalidade portuguesa, com idades compreendidas entre os 30 e 61 anos, indiciados da prática de factos suscetíveis de consubstanciar os crimes de introdução fraudulenta no consumo qualificada, fraude fiscal qualificada e detenção de arma proibida”.
A operação, denominada Nicotilla, foi realizada no âmbito da Plataforma Multidisciplinar Europeia Contra Ameaças Criminais (EMPACT) e contou com o apoio do Centro Europeu de Crimes Financeiros e Económicos da Europol, da Guarda Civil espanhola, da Direção de Vigilância Aduaneira e da Guarda Nacional Republicana portuguesa.
[Notícia atualizada às 11h34 com dados da GNR]