23 fev, 2022 - 17:38 • Redação
A ministra da Saúde, Marta Temido, admitiu esta quarta-feira que a norma sobre a utilização da máscara nos estabelecimentos de ensino pode ser revista numa próxima fase de alívio de restrições da pandemia de Covid-19.
Para Marta Temido, essa é uma questão de saúde pública e a decisão cabe à Direção-Geral da Saúde (DGS).
“Essa é uma decisão de saúde pública, é uma decisão que compete à Direção-Geral da Saúde e que é avaliada em função daquilo que é o contexto epidemiológico. Vale a pena sublinhar que nós estamos ainda numa situação de declínio da pandemia, de diminuição do número de casos, do risco de transmissão, mas temos ainda alguns fatores que nos levam a estar alerta.”
A ministra falava aos jornalistas à margem do curso temático "SARS-CoV-2 e Covid-19 – Onde estamos e para onde vamos?" que está a decorrer em Lisboa.
Já os diretores das escolas consideram que fim do (...)
Numa altura em que Portugal já ultrapassou o pico da quinta fase da pandemia, Marta Temido refere que o fim da obrigatoriedade de uso de máscara de proteção nas salas de aulas “é uma possibilidade numa nova fase”.
A permanência da obrigação da máscara nas salas de aula, quando a restrição está a cair em vários espaços fechados, como os bares e as discotecas, está a deixar os pais dos alunos confusos em relação aos critérios que sustentam esta decisão.
A expetativa da Confederação Nacional de Associações de Pais (Confap) era a de que o Governo anunciasse o fim da obrigatoriedade de uso da máscara dentro das salas de aula.
Relativamente a possíveis alterações do período de isolamento para pessoas sintomáticas e assintomáticas, Marta Temido disse que “poderá ser um dos aspetos que venha a ser reduzido”.
“A Direção-Geral da Saúde preferiria fazer essa redução no momento em que avançássemos para outra fase do combate à pandemia”, designadamente quando houver uma redução maior da mortalidade, que é “um indicador” que ainda preocupa.
A ministra da Saúde foi questionada sobre o caso da agressão a um segurança e a dois profissionais de saúde na urgência do Hospital de Famalicão.
Marta Temido diz que é necessário reforçar os dispositivos no terreno de prevenção e acompanhamento das vítimas.