25 fev, 2022 - 14:50 • Lusa
Os trabalhadores da Carris vão apresentar um pré-aviso de greve para 22 de março, dia em que se realizará um plenário, entre as 10h00 e as 15h00, segundo adiantou esta sexta-feira fonte sindical.
De acordo com Manuel Oliveira, do Sindicato Nacional dos Motoristas e Outros Trabalhadores (SNMOT), após a reunião de hoje entre esta organização sindical, o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP) e restantes sindicatos representantes dos trabalhadores da Carris, foi decidido agendar um pré-aviso de greve para dia 22 de março e um plenário.
Segundo aquele responsável, a data anunciada dará tempo para "as partes, nomeadamente a Carris, apresentar uma proposta" de negociação salarial aos trabalhadores e aos sindicatos.
"Estamos a envidar todos os esforços para que todas as organizações sindicais dos trabalhadores da Carris se juntem e deem voz aos trabalhadores", disse em declarações à Lusa.
No anterior plenário, segundo Manuel Oliveira, duas estruturas sindicais colocaram em causa a legalidade do mesmo, escusando-se a participar, sendo importante a defesa e a representação de todos os trabalhadores.
Em 18 de janeiro, a administração da Carris iniciou com os sindicatos representativos dos trabalhadores a negociação do Acordo de Empresa para 2022 e as atualizações salariais, altura em que as estruturas sindicais rejeitaram o aumento salarial de 10 euros apresentado, reivindicando uma subida semelhante à ocorrida no salário mínimo nacional (40 euros).
Em novo plenário, em 27 de janeiro, os trabalhadores da Carris decidiram mandatar os sindicatos, designadamente o STRUP, o SNMOT, o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA) e a Associação Sindical dos Trabalhadores da Carris (ASPTC), a integrar as negociações com a administração da empresa sobre o Acordo de Empresa para 2022 e as atualizações salariais.
Já em 18 de fevereiro, a administração da Carris apresentou aos sindicatos uma proposta de atualização salarial de 20 euros, valor que o STRUP considerou ainda "muito insuficiente".