08 mar, 2022 - 08:09 • Fátima Casanova com redação
O Ministério da Educação vai explicar, esta terça-feira, de que forma é que as crianças e jovens ucranianos vão ser acolhidos nas escolas.
A Renascença sabe que tem estado a ser preparado um conjunto de medidas e que todas as explicações devem ser dadas nas próximas horas.
Antecipando orientações que o ministério possa vir a anunciar, o presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima, defende que estes novos alunos devem ser integrados em escolas que tenham os recursos humanos adequados. “É evidente que aqui o principal será a existência de recursos humanos, ou seja, esses alunos devem ser alocados a escolas onde de facto haja professores para lecionar, por exemplo o português, língua não materna. Para mim isso parece-me ser o essencial.”
“Depois também ao nível dos serviços de psicologia e de orientação. Esses alunos, seguramente alguns deles, se não todos, terão de ser acompanhados por psicólogos escolares”, acrescenta.
O presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas acrescenta ainda que, eventualmente, será necessário contratar mais profissionais para as escolas.
“Dependendo das escolas, onde esses alunos vão ser colocados, eventualmente poderá ser necessário recorrer a mais recursos humanos, em algumas escolas”, conclui.
A guerra na Ucrânia entrou no 13º dia de combates. A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,7 milhões de refugiados na Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia, entre outros países.
O Presidente Vladimir Putin justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.