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​Adiado debate instrutório em que Carlos Alexandre é arguido

09 mar, 2022 - 19:24 • Liliana Monteiro, com redação

A pedido do Ministério Público, a sessão, que estava inicialmente marcada para sexta-feira, vai ter lugar no dia 28.

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O debate instrutório em que o juiz Carlos Alexandre é arguido no caso da distribuição do processo Operação Marquês, que tinha adiado para dia 25 de março, foi agora reagendado para 28 de março, indicou esta quinta-feira à Renascença o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL).

A nova mudança de data deve-se ao facto da sala de audiências estar indisponível devido a uma conferência internacional.

A sessão que estava inicialmente prevista para esta sexta-feira foi adiada devido ao diagnóstico positivo à Covid-19 do procurador-geral adjunto encarregado do caso.

"Esclarece-se que o adiamento foi solicitado pelo Ministério Público, sem qualquer oposição dos demais sujeitos processuais, tendo sido deferido dada a seriedade do motivo (situação de isolamento profiláctico determinado pelas autoridades de saúde, na sequência de resultado positivo de teste de pesquisa à Covid-19 a que foi sujeito o Exmo. Senhor Procurador-Geral Adjunto afeto aos presentes autos), o carácter inesperado e imprevisível do mesmo, a grande proximidade da data que se achava designada e as dificuldades que dela decorreriam para assegurar a efetiva substituição no impedimento", refere a nota do TRL.

O juiz Carlos Alexandre foi constituído arguido no caso da distribuição da Operação Marquês, depois de o Tribunal da Relação ter aceitado o requerimento de abertura de instrução apresentado por José Sócrates.

Foram constituídos arguidos os dois visados pela participação do ex-primeiro-ministro: além do juiz de instrução Carlos Alexandre, a escrivã Teresa Santos.

Em causa, estão os crimes de abuso de poder, falsificação de funcionário e denegação de justiça.

José Sócrates alega que Carlos Alexandre e Teresa Santos “combinaram entre si, planearam e vieram a conseguir” que o processo que levou à sua prisão preventiva fosse entregue de “forma ilegal” ao juiz, que o antigo primeiro-ministro descreve como o “superjuiz dos tabloides”.

[notícia atualizada às 14h13, de 10 de março de 2022]

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