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Estado continua a pagar a procurador condenado por corrupção

14 mar, 2022 - 08:18 • Olímpia Mairos

Orlando Figueira só recebeu acusação disciplinar que pede a sua demissão em dezembro do ano passado. Defesa diz que caso prescreveu.

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O procurador do Ministério Público Orlando Figueira, condenado a seis anos e oito meses de cadeia no final de 2018 está há três anos a receber do Ministério da Justiça um salário mensal bruto de 5. 600 euros, apesar de não estar a trabalhar.

A condenação deve-se ao facto de ter sido corrompido pelo ex-vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, no âmbito da Operação.

O Jornal Público escreve esta segunda-feira que o procedimento disciplinar que visa Orlando Figueira arrasta-se há seis anos, uma vez que se aguardou pelo final do processo-crime, o que aconteceu só em dezembro de 2021 com a confirmação da condenação por parte do Tribunal da Relação de Lisboa.

Segundo a PGR, citado pelo jornal, o magistrado encontra-se suspenso preventivamente de funções, nos termos do Estatuto do Ministério Público (art.º 194)”, e tal não implica a perda de vencimento.

Por isso, Orlando Figueira continuou a receber o salário, uma situação que se manterá, pelo menos, até à decisão final do processo disciplinar, que ainda aguarda o relatório final do instrutor.

A defesa, já contestou os argumentos da acusação disciplinar, alegando que o caso está prescrito porque o inquérito “esteve completamente parado durante muito tempo”.

Comentários
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  • Raul Soares
    14 mar, 2022 Aveiro 13:23
    Esta notícia é tão arrepiante que até dói.Acho que Portugal precisa de uma guerra para limpar o podre sistema que reina no país.
  • Jorge
    14 mar, 2022 Esgueira 11:53
    Alguma coisa aqui não faz sentido... ou a letra da lei, aí parece-me injusta; a aplicação da lei, que parece-me errada; o meu entendimento: serei muito ignorante.

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