19 mar, 2022 - 14:58 • Lusa
O Sindicato Nacional da Carreira de Chefes (SNCC) da PSP expressou este sábado solidariedade com os quatro agentes da PSP agredidos numa discoteca em Lisboa e pediu que os autores das "bárbaras agressões" sejam identificados e levados à justiça.
Face às notícias de que quatro polícias foram "agredidos brutalmente", ficando um em coma no hospital de São José, o SNCC refere que neste momentos "os corações e as preces" dos seus associados estão com o colega gravemente ferido e com a sua família e manifesta a certeza de que os "autores materiais destas bárbaras e gratuitas agressões serão devidamente identificados e levados à justiça". .
Quanto ao futuro imediato, o SNCC salienta que "amanhã, o momento será o de exigir mudanças", pois não se pode "continuar a normalizar a violência contra profissionais das forças de segurança".
O sindicato relata que os agentes agredidos "estavam no seu dia de folga a socializar e a divertirem-se", mas, como "são profissionais das forças de segurança", ao "constatarem, na via pública, uma contenda, que envolvia várias pessoas, fizeram o que se espera destes profissionais: intervieram para fazer cessar as agressões e repor a ordem pública". .
"Após darem conhecimento inequívoco da sua condição profissional acabaram por ser o alvo das agressões e um dos nossos colegas está gravemente ferido", acrescenta a direção do SNCC.
Contactado pela Lusa, também o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), Paulo Santos, "lamentou profundamente" que tenha ocorrido "mais uma situação" de violência contra polícias, pedindo à PSP que divulgue "toda a informação sobre o ocorrido".
Pediu igualmente que a justiça atue de "forma célere e assertiva" no apuramento das responsabilidades criminais dos autores das agressões e ajude a "evitar novos episódios semelhantes".
Os quatro polícias foram violentamente agredidos, cerca das 06:30 de hoje, por um grupo de 10 pessoas, junto à discoteca MOME, na 24 de julho, Lisboa, encontrando-se um dos agentes, de cerca de 30 anos, em coma no Hospital de São José, onde já se encontra a família a receber apoio psicológico.
Uma vez que a situação configura o crime de homicídio, na forma tentada, o caso já foi entregue à Polícia Judiciária (PJ) para investigação, admitindo-se que as imagens de videovigilância no exterior da discoteca possam ser úteis na identificação dos agressores.