20 mar, 2022 - 10:43 • Lusa
Três dos agentes da PSP agredidos no sábado no exterior de uma discoteca em Lisboa tiveram alta, mas o quarto continua internado em estado de coma, disse hoje à Lusa fonte oficial da PSP.
Segundo a fonte do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa, os três agentes tiveram alta no sábado, mas o quarto polícia mantém-se internado no Hospital São José, em Lisboa, em estado crítico.
Questionado se já foram identificados os agressores, a mesma fonte adiantou que a investigação está a cargo da Polícia Judiciária devido aos atos praticados poderem configurar a prática de crime de homicídio, na forma tentada.
Num comunicado divulgado no sábado, a PSP referia que o incidente ocorreu na madrugada de sábado, pelas 06:30, "no exterior de um estabelecimento de diversão noturna, na avenida 24 de Julho", tendo começado com agressões mútuas entre vários cidadãos.
Segundo relata a PSP, no local encontravam-se "quatro polícias, fora de serviço, que imediatamente intervieram, como era sua obrigação legal", acabando por ser agredidos "violentamente" por um dos grupos, formado por cerca de 10 pessoas.
Durante a ação policial, um dos polícias foi "empurrado e caiu ao chão, onde continuou a ser agredido com diversos pontapés, enquanto os restantes polícias continuavam também a defender-se das agressões", adianta a PSP. .
De acordo com a polícia, os agressores colocaram-se em fuga e não foi possível a sua identificação.
A PSP informa ainda que estão em curso todas as diligências, em coordenação com a PJ, para a identificação dos autores das agressões.
"Salientamos que os polícias, apesar de não estarem em serviço, não deixaram de intervir, cumprindo com a sua condição policial, tentando manter a ordem pública a integridade física dos concidadãos que servimos", realça a PSP.
Entretanto, a PSP disponibilizou acompanhamento psicológico através da sua Divisão de Psicologia, aos polícias agredidos e aos seus familiares.
A PSP apelou às pessoas que frequentam as áreas de diversão noturna que adotem comportamentos ordeiros e que evitem confrontos e agressões, pois colocam em perigo a integridade física e a vida de terceiros.
"Toda a família policial da PSP está solidária na luta pela vida, travada pelo nosso irmão de armas", conclui a nota policial.