22 mar, 2022 - 18:45 • Sérgio Costa com Redação
O valor do preço dos combustíveis estava previsto baixar esta semana, depois de semanas em crescimento.
A realidade acabou por ser menos positiva do que a que era esperada pelo Governo - os preços desceram, mas foi uma redução menor do que o esperado.
A Renascença explica quais são os fatores por trás do preço dos combustíveis e como é que os valores não baixaram como previsto.
O Executivo perspetivava uma queda nos preços dos combustíveis na ordem dos 17 cêntimos por litro de gasóleo e 13 cêntimos por litro de gasolina esta semana. Ou seja, o preço de referência por litro de gasolina simples 95 deveria passar a ser de 1,918 euros e o de gasóleo simples de 1,835 euros
Contudo, o preço do gasóleo simples em Portugal continental está “apenas” 13 cêntimos abaixo do que preço médio da semana passada e o preço da gasolina desceu 10 cêntimos.
Apesar de serem quedas menos expressivas do que o esperado, facto é que interromperam a subida de 15 semanas consecutivas dos preços da gasolina e de 12 semanas dos preços do gasóleo, que vinham a castigar as famílias e empresas portuguesas.
Não há uma justificação clara.
Fontes do sector dizem à Renascença que a estimativa do governo terá sido lançada ainda antes da última atualização semana dos preços nos mercados internacionais.
Na última sexta-feira, de acordo com as mesmas fontes, os preços aumentaram ligeiramente após quedas sucessivas ao longo os dias anteriores
Não é essa a indicação, até porque o Governo anunciou que mantém a descida temporária do ISP apesar da baixa de preço.
Não é credível que seja por causa dos impostos.
O ISP é um imposto de valor fixo, fica sempre igual seja qual for o preço.
Em Portugal, está nos 63 cêntimos, o que é um valor considerável.
Ainda assim, António Costa diz não ser este o fator determinante para o preço elevado os combustíveis em Portugal.
O primeiro-ministro diz que o IVA e os custos da refinação são os grandes responsáveis
É necessária uma autorização de Bruxelas e essa é uma das propostas já avançadas pelo governo português à Comissão Europeia.
Tudo aponta que terá aceitação, mas aguarda-se ainda pela confirmação para que se perceba qual o impacto que uma eventual descida do IVA terá no preço dos combustíveis.