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Concessionária de discoteca apresenta queixa-crime sobre imagens de agressões a polícias

22 mar, 2022 - 17:59

A empresa alega que "imagens difundidas foram captadas por um terceiro, através de telemóvel, sem autorização ou consentimento, sendo posteriormente difundidas. Sendo "ilegais", a empresa solicita que os media "se abstenham de as difundir".

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A empresa concessionária da discoteca MOME apresentou uma queixa-crime no Ministério Público de terem sido captadas e difundidas nos media, sem a sua autorização, imagens do incidente relativo às agressões a agentes da PSP.

A Spring Prestige divulgou um comunicado em que informa que teve "conhecimento da difusão de imagens captadas no interior [da discoteca] no momento em que estavam a ser gravadas para disco rígido e referentes à noite de 18 para 19 de março, que resultaram em trágicos desacatos, amplamente difundidos pela comunicação social".

"É hoje do conhecimento da empresa que as imagens difundidas foram captadas por um terceiro, através de telemóvel, sem autorização ou consentimento, sendo posteriormente difundidas pelos vários órgãos de comunicação social, nomeadamente pelas televisões", refere a empresa, adiantando que apresentou hoje queixa-crime junto do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

A empresa considera que uma vez que as imagens foram captadas e difundidas sem sua autorização "são ilegais" e solicitou que os media "se abstenham de as difundir".

Entretanto, três homens, com 24, 22 e 21 anos, foram detidos na segunda-feira pela PJ sob suspeita de envolvimento nas agressões, tendo um deles, civil, sido hoje libertado após ser interrogado pelo Ministério Público, devendo os restantes dois detidos, fuzileiros da Armada, serem interrogados na quarta-feira por um juiz de instrução criminal.

Os dois fuzileiros são suspeitos do homicídio de um agente da PSP e agressões a outros quatro polícias, na madrugada de sábado, encontrando-se detidos na prisão militar de Tomar.

A investigação que causou a morte ao agente da PSP Fábio Guerra prossegue, mas, até ao momento, não são conhecidas mais detenções.

O agente Fábio Guerra, de 27 anos, morreu na segunda-feira, no Hospital de São José, em Lisboa, devido às “graves lesões cerebrais” sofridas na sequência das agressões de que foi alvo.

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